BENEDITA: PRIVATIZAÇÕES NÃO TÊM TRAZIDO COMPENSAÇÕES À SOCIEDADE
Ao fazer uma reflexão sobre a situação social e econômica do Rio de Janeiro, a senadora Benedita da Silva (PT-RJ) criticou o programa de desestatização deflagrado naquele estado e no país. Segundo a senadora, os recursos originados desse processo não têm trazido investimentos que visem ao bem-estar da população, que seriam de se esperar como retorno à sociedade do patrimônio vendido.
A seu ver, a situação da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) serve para mostrar que o modelo de privatização posto em prática no Rio de Janeiro "está gerando um comportamento empresarial cruel, de extinção de empresas, com grandes prejuízos para a região onde se localizam". Ela lembrou que o estado do Rio, cuja dívida chega a R$ 11,5 bilhões, foi o primeiro a executar o processo de venda das suas empresas, esperando arrecadar R$ 5 bilhões.
Benedita da Silva ressaltou que os juros do país estão altos, comprometendo o crescimento econômico e comprimindo os setores produtivos com graves repercussões na área social.
A senadora observou que o setor industrial, representando 35,5% da economia do estado, e o comercial e de serviços, com 48%, empregam a maior parte da população economicamente ativa do estado. "Mas no primeiro semestre deste ano a indústria extinguiu 5,6% das vagas do mercado de trabalho. E os salários pagos pelo setor industrial, em julho, foram 0,5% inferiores aos do mês anterior", acrescentou.
- Como é que os nossos governantes insistem em manter uma visão falsa, um diagnóstico maquiado da situação em que está mergulhando o Brasil? O escancaramento do mercado; a destruição sistemática dos fornecedores de peças, componentes e matérias-primas substituídos pelas importações; o desemprego; a perda de poder aquisitivo e o aumento da inadimplência são a verdadeira cara do Brasil - disse.
31/10/1997
Agência Senado
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