Bohn Gass não vê justificativa para instalação da CPI da segurança
O líder da bancada do PT, Elvino Bohn Gass, reafirmou hoje que seu partido não deve subscrever o novo requerimento que a oposição irá protocolar na próxima quarta-feira (28/3) solicitando a formação de uma CPI da Segurança Pública. Bohn Gass, que recebeu dos deputados Vieira da Cunha (PDT) Valdir Andres e Vilson Covatti uma cópia do documento durante a sessão plenária, adiantou que “o pedido continua sem apontar um objeto concreto de investigação e não acrescenta fatos novos ao processo antigo, onde os adversários do governo estadual utilizaram um documento falso para pleitear a Comissão Parlamentar de Inquérito”. Este fato motivou um pedido de Comissão de Ética para o líder da bancada do PPB, feito pela bancada do PT.
Bohn Gass sustenta que o novo requerimento possui apenas argumentos generalizados e não aponta fatos determinados para instalação da CPI, como exige a legislação. O deputado também acredita que a oposição, ao fraudar o primeiro documento, perdeu a credibilidade para investigar qualquer coisa. Elvino Bohn Gass disse que a atitude do líder do PPB não pode passar em branco. “Quem é capaz de falsificar um pedido da CPI, não pode Ter a nossa confiança. Além disso, não dá para analisarmos este pedido de CPI sem considerar que uma fraude anterior foi cometida. A Assembléia não pode agir como se nada tivesse acontecido”, entende o líder petista.
Segundo o deputado José Gomes, a bancada do PT seria a primeira a reivindicar uma investigação parlamentar se realmente fossem comprovadas irregularidades na Secretaria de Segurança. “A verdade é que não há motivos reais e objetivos para o pedido de CPI da Segurança Pública. Esta iniciativa constituiu-se em mais uma manobra da oposição para atacar o governo”, avalia. Para ele, as alegações da oposição para instituir a CPI não justificam tal medida. “Desde quando a extinção de departamentos é argumento para se criar uma CPI? A oposição discorda da nossa política para o setor, o que é legítimo. O que é inaceitável é comprometer o instituto da Comissão Parlamentar de Inquérito, um instrumento sério e importante do Poder Legislativo, pela necessidade que eles têm de um palanque para criticar o governo”.
Bohn Gass lembrou que desde o início do governo Olívio, a oposição tenta instalar a CPI da Segurança Pública, sendo que estes mesmos partidos não sugeriram investigações em governos passados, quando ocorreram motins nas penitenciárias, a intervenção da Brigada Militar nos presídios, rebeliões, greves de policiais e o PDV. “Isto prova o conteúdo ideológico desta proposta”, analisaram os petistas.
03/21/2001
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