Botelho lembra o Dia do Parlamento



O senador Augusto Botelho (PT-PR) lembrou a passagem do Dia do Parlamento, comemorado em 3 de maio, fazendo uma crítica do trabalho político. Na avaliação do senador, o atual momento político levará os contribuintes brasileiros a perguntarem qual o sentido da representação popular hoje. Para o senador, é possível concluir, após uma análise fria dos números, que há um "verdadeiro descalabro, um inexplicável descompasso, uma odiosa assimetria" entre o que se paga ao Estado e aquilo que ele devolve em obras, realizações e serviços, como é seu dever constitucional.

- Que respeito, que admiração será possível dedicar aos parlamentos e a seus integrantes, nos distintos níveis, quando parece que nós, políticos, homens e mulheres no exercício de atividades voltadas para o que seria o interesse público, não conseguimos, em muitas ocasiões, nem mesmo equacionar, muito menos resolver, agudos problemas que afligem nossa população? Que tipo de consideração é lícito esperar por parte da sociedade, quando todos sabemos que as diversas administrações deixam de cumprir com suas obrigações mais comezinhas, ficando tudo no âmbito das promessas eleitorais, que logo se vão mostrar meramente eleitoreiras? - questionou.

Botelho ainda ressaltou o que chamou de "abastardamento do processo legislativo". Na avaliação do senador, tudo evidencia que o poder legislativo perdeu a capacidade de legislar devido à abundância de medidas provisórias editadas e reeditadas pelo Poder Executivo. O senador destacou o aspecto da relevância e da urgência, pré-requisitos necessários à edição de medida provisória que não estão sendo observados.



07/05/2004

Agência Senado


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