Brasil apresenta avanços do Programa Saúde não Tem Preço na OMS
O programa Saúde Não Tem Preço, que disponibiliza gratuitamente remédios para hipertensão e diabetes em farmácias populares no País, foi apresentado para os representantes dos estados-membros da Organização das Nações Unidas (ONU) nesta segunda-feira (21) no primeiro dia da 65ª Assembleia Mundial de Saúde, na sede da Organização Mundial de Saúde (OMS).
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Em seu discurso, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou que, por meio do Saúde não Tem Preço, mais de 10 milhões de pessoas receberam esses medicamentos em ampla rede de mais de 20 mil farmácias privadas e públicas, desde fevereiro de 2011. O acesso ao tratamento cresceu 229% entre hipertensos e 172% para diabéticos neste período. Pela primeira vez, interrompeu-se a tendência de crescimento das internações por diabetes e hipertensão.
“Em nosso País, 72% dos óbitos decorrem dessas enfermidades. Com o apoio e liderança da OMS, temos que sair daqui com consenso sobre metas e indicadores para monitorar os avanços nas ações a serem adotadas ao enfrentamento deste grande desafio”, afirmou Padilha. Ele lembrou que, como parte da Ação Brasil Carinhoso, lançado na última semana, foi incluída no Saúde Não Tem Preço a distribuição gratuita de medicamentos para asma.
A expectativa do governo brasileiro é que a inclusão dos medicamentos para asma tenha impacto positivo especialmente na saúde infantil. A asma está entre as principais causas de internação entre crianças de até 6 anos. No ano passado, de 177,8 mil internações no Sistema Único de Saúde (SUS) em decorrência da doença, 77,1 mil foram crianças nesta faixa etária.
Além disso, cerca de 2,5 mil pessoas morrem por ano por conta da doença. A gratuidade deve beneficiar até 800 mil pacientes por ano. Atualmente, o programa Farmácia Popular atende 200 mil pessoas que adquirem medicamentos para o tratamento de asma. A estimativa do ministério é que, com a gratuidade, este número chegue a quadruplicar.
Academias da Saúde
Além do Saúde Não Tem Preço, foram destacadas citou outras ações do ministério que fazem parte do Plano de Ações para Enfrentamento das Doenças Crônicas Não-Transmissíveis do Brasil, em parceria com diferentes setores do governo e da sociedade civil. O plano estabeleceu objetivos e metas para reduzir a mortalidade prematura por estas doenças e seus principais fatores de risco.
Um dos destaques foi o programa Academias da Saúde, que têm promovido atividade física orientada aos mais pobres, de forma integrada com a atenção primária de saúde. Atualmente, há 155 academias em funcionamento, em 96 cidades. Outras duas mil academias estão em construção. A meta é implantar quatro mil unidades até 2014. Citou ainda os avanços nas leis de controle do tabaco alcançados em 2011: aumento de tributos, estabelecido de preço mínimo de venda, proibição de uso em recinto fechado e da propaganda fora do local de venda.
Negligenciadas
Foi citado o esforço do Ministério da Saúde brasileiro para integrar as ações de diagnóstico e tratamento da tuberculose, da hanseníase e de outras doenças negligenciadas, no esforço de eliminar a pobreza extrema, que é uma das prioridades do governo da presidenta Dilma Rousseff. Essa integração foi um dos fatores que ajudaram o País a reduzir, em uma década, em 16% o número de casos de tuberculose, e, em 23,4%, os óbitos pela doença.
Outra ação brasileira é a produção e distribuição internacional do Benzonidazol, usado no tratamento da doença de Chagas. O Brasil é o único produtor mundial do medicamento desde 2008, quando o laboratório público Lafepe adquiriu o estoque de matéria-prima da Roche, que parou de fabricar o medicamento em âmbito mundial.
Fonte:
Ministério da Saúde
21/05/2012 18:46
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