Brasil apresenta melhora na percepção de risco da dívida, diz Tesouro Nacional
Na avaliação da Secretaria do Tesouro Nacional (STN), a análise da evolução da nota de crédito recebida pelo Brasil pelas três principais agências de classificação de risco com as quais o País possui contrato formal para avaliação - Standard & Poor´s, Fitch e Moody’s-, demonstra uma melhora substancial da percepção de risco em relação à sua dívida, tanto de maneira absoluta quanto relativa.
Desde 2002, foram seis elevações concedidas pela Fitch ao Brasil, e nenhum rebaixamento. Outros países emergentes com os quais o Brasil é usualmente comparado apresentaram número menor de elevações em sua classificação.
Entre 2002 e 2011, período em que a Fitch elevou a classificação do Brasil seis vezes, a classificação da Índia, por exemplo, foi elevada, pela mesma agência, três vezes. México, Peru e Hungria, tiveram sua classificação melhorada quatro vezes e a Índia, três vezes. Somente Rússia e Turquia se igualaram ao Brasil em número de elevações.
Conforme o Tesouro Nacional, a melhoria da classificação do Brasil, sendo a última realizada pela Fitch em abril deste ano, de BBB- para BBB, manteve o interesse de investidores não residentes mesmo no período mais agudo da crise financeira internacional.
Apesar da turbulência financeira mundial, a participação de investidores que não moram no Brasil no estoque da dívida pública passou do patamar de 6% em 2008 para quase 12% atualmente. A curva é ascendente desde fevereiro de 2002, quando a participação de não residentes no estoque da dívida era inferior a 2%.
Para a STN, a evolução é uma clara demonstração da confiança dos investidores de fora nos fundamentos da economia brasileira. E essa percepção é confirmada pelas análises das agências de classificação de risco.
De acordo com o Tesouro Nacional, o perfil dos investidores não residentes varia desde fundos soberanos de diversos países até pessoas físicas, especialmente os japoneses, por meio de fundos de investimentos.
Mais de 80% dos não residentes que detêm títulos públicos brasileiros preferem os papeis prefixados, tantos com vencimentos mais curtos (LTNs sem cupom) como mais longos (NTNFs com cupom). No caso dos fundos de previdência e fundos soberanos, a preferência é por títulos de longo prazo.
O Tesouro destaca ainda a importância do monitoramento das agências de rating nas economias mundiais, tanto do ponto de vista de redução de custos para os governos quanto pela idoneidade das avaliações. A secretaria informa que as agências atuam de forma a reduzir ruído de informações que existem entre o emissor da dívida e o comprador dos títulos.
É com base nas avaliações realizadas pelas agências que os investidores tomam suas decisões, como as aplicações de fundos soberanos. Cada agência monitora mais 60 países e dentro de cada país, no mínimo, 20 empresas (cerca de 1.200 análises para cada uma).
Fonte:
Ministério da Fazenda
15/04/2011 19:40
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