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Brasil conquista sétimo lugar nas Paralimpíadas de Londres

Ao todo já foram conquistadas dez medalhas de ouro, sete de prata e quatro bronze

Após seis dias de competições, o Brasil conquistou, nessa terça-feira (4), a sétima posição no quadro geral de medalhas das Paralimpíadas de Londres, chegando a 21 pódios: dez ouros, sete pratas e quatro bronzes.

A dupla brasileira Dirceu Pinto e Eliseu dos Santos faturou a medalha de ouro na Bocha, categoria BC4. Eles venceram a dupla da República Tcheca, Leos Lacina e Radek Prochazka, por 5 a 3, e conquistaram o bicampeonato.

O nadador Daniel Dias chegou ao seu terceiro ouro na Paralimpíada após ganhar os 100 m peito SB4, com direito a novo recorde mundial (1min32s27).

No atletismo, a final dos 200 m teve dobradinha brasileira no pódio. Felipe Gomes, que correu ao lado do guia Leonardo Lopes, também ganhou o ouro. A prata ficou com Daniel Silva, que correu com o guia Heitor de Oliveira.

Nas Paralimpíadas, os atletas são separados, em cada modalidade, em cinco tipos de categorias de deficiência: paralisados cerebrais, deficientes visuais, atletas em cadeira de rodas, amputados e les autres (pessoas com esclerose múltipla ou nanismo).

História

A ideia de adaptar esportes para pessoas com deficiência surgiu em 1888, mas foi apenas no período pós Segunda Guerra Mundial, quando o esporte passou a ser praticado pelos veteranos acidentados nos conflitos, que as modalidades tornaram-se mundialmente conhecidas.

A pedido do governo britânico, o médico Ludwig Guttmann, judeu que fugiu da Alemanha antes da Segunda Guerra, inaugurou um centro para atender pessoas com lesões na coluna no Hospital de Stoke Mandeville, cujo tratamento se dava por meio do esporte recreativo e de competição.

Em 29 de julho de 1948, enquanto acontecia a cerimônia de abertura dos primeiros Jogos Olímpicos de Londres, Guttmann produziu os Jogos de Stoke Mandeville, primeira competição voltada para atletas em cadeira de rodas. Participaram 16 homens e mulheres em uma única modalidade: o tiro com arco. Quatro anos depois, os jogos tornaram-se internacionais.

A primeira edição oficial dos Jogos Paralímpicos aconteceu no ano de 1960, em Roma, e reuniu 400 atletas de 23 países. Dezesseis anos depois, os Jogos ganharam sua primeira edição de inverno, realizada na Suécia. Desde 1988, as duas edições dos Jogos passaram a ter como sede a mesma cidade.

Brasil nas Paralimpíadas

O Brasil iniciou sua participou nos Jogos Paralímpicos em 1972, em Heidelberg (Alemanha). Mas apenas no ano de 1976, em Toronto, no Canadá, conquistou as primeiras medalhas. Lá, o País chegou a posição 31º no quadro geral da competição. 

Desde então, o País já conquistou 50 medalhas de ouro em modalidades como natação, atletismo, tiro esportivo, goalball, futebol de 5, judô e hipismo, juntas.

O melhor desempenho do Brasil foi em Pequim 2008, quando a delegação brasileira conquistou 47 medalhas. 

Bolsa-Atleta

O programa Bolsa Atleta visa investir, prioritariamente, nos esportes olímpicos e paralímpicos, para formar, manter e renovar periodicamente gerações de atletas com potencial para representar o País nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos.

Garantir uma manutenção pessoal mínima aos atletas de alto rendimento, buscando dar condições para que se dediquem ao treinamento esportivo e a participação em competições, visando o desenvolvimento pleno de sua carreira esportiva é o objetivo do Bolsa-Atleta.

Através do programa, os atletas brasileiros de alto rendimento que não possuem patrocínio recebem contribuição mensal, que é de R$ 370 para atletas estudantis, R$ 950 para atletas nacionais, R$ 1.850 para atletas internacionais e R$ 3.100 para atletas olímpicos e paraolímpicos.

Dos 182 atletas que foram a Londres para as Paralimpíadas, 156 integram o programa do governo federal.

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Fonte:
Ministério do Esporte
Portal Brasil