Brasil coordenará Rede de Institutos Nacionais contra o câncer da América do Sul



O Brasil vai desempenhar o papel de coordenador da Rede de Institutos Nacionais de Câncer (Rinc) que terá como principal missão viabilizar programas governamentais de controle de câncer na América do Sul, por intermédio da articulação entre institutos oncológicos de cada país. De acordo com o relatório World Câncer, da Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC), só na América Latina e no Caribe, o número de mortes pela doença chegou a 589 mil, em 2008, e a estimativa é de aumento nos próximos anos.

A iniciativa é resultado do esforço do Ministério da Saúde para fortalecer a prevenção e o controle do câncer entre os países-membros da União de Nações Sul-Americanas (Unasul). O Instituto Nacional de Câncer - José Alencar Gomes da Silva (Inca) inicia, a partir das 9h desta terça-feira (26) as atividades da rede.

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, abrirá o encontro - na sede do Instituto Sul-Americano de Governo em Saúde (Pró Isags) -, que contará com a participação de representantes dos 12 países da Unasul em torno de temas prioritários para a região.

Uma das principais ações neste início das atividades da Rinc é o intercâmbio conjunto para o desenvolvimento de indicadores (de registro de base populacional e hospitalar) sobre a doença e considerados vitais para a criação de estratégias de controle do câncer.

 

Rinc

Instituída em 2010, a Rinc também é um desdobramento dos acordos de cooperação da Aliança da América Latina e Caribe para o Controle do Câncer – entidade criada em 2007 reunindo comunidade técnica (não governamental) para troca de experiências entre países.

Nos últimos anos, a Aliança alcançou resultados positivos, como a instalação dos Bancos de Tumores da América Latina e Caribe, a melhoria na qualidade dos registros de câncer dos países participantes, o aprimoramento da qualidade na área de radioterapia, além do incentivo à formação da Rede Estados Unidos e América Latina para Pesquisa do Câncer (US-LA CRN), em 2009.

O diretor-geral do Inca, Luiz Antonio Santini, que será o Coordenador da Secretaria-Executiva da Rinc, reafirma o valor que a rede agrega na política de atenção oncológica de países como a Argentina, Chile, Cuba, Equador e México, entre outros.

“A troca de informações sobre o controle e a prevenção do câncer dá novos caminhos para os gestores desses países no combate a doença. O Brasil vem se destacando na política de atenção oncológica e o Inca será voz de apoio constante na formação dessa rede integrada contra o câncer na América Latina”, diz. O presidente da União Internacional Contra o Câncer (UICC) – a principal entidade para mobilização para políticas de controle do câncer –, Eduardo Casap, estará presente no encontro da Rinc.

 

Fonte:
Ministério da Saúde



26/07/2011 15:09


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