Brasil cumpre última etapa para certificação de país livre do sarampo



O Brasil é o primeiro país das Américas a entregar seu relatório para a certificação de eliminação do sarampo. A solicitação e entrega do documento para a declaração de país livre da doença foi realizada pelo ministro da Saúde, José Gomes Temporão, durante a 50ª Reunião do Conselho Diretor da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) em Washington (EUA), nesta segunda-feira (27). 

 

O Ministério da Saúde apontou também, durante o evento, os avanços na interrupção da transmissão do vírus da rubéola e da Síndrome da Rubéola Congênita (SRC).

 

Segundo o ministério, por meio das campanhas de vacinação, a cobertura vacinal vem mantendo taxas acima de 95% de imunização das faixas etárias alvo contra a rubéola e o sarampo. O País conta, ainda, com um sistema de vigilância para identificar os casos de sarampo importados de países que ainda mantem transmissão ativa, evitando assim a sua reintrodução. 


Histórico

 

A vacina contra o sarampo passou a ser utilizada no Brasil na década de 1960, embora sem um plano de continuidade. A doença, introduzida pelos colonizadores na descoberta das Américas, era epidêmica e responsável por elevada mortalidade de crianças, em associação com a desnutrição. Entre 1969 e 1971 era a principal causa de mortalidade em crianças entre um e quatro anos de idade na América Latina, segundo estudo da Opas. 

 

Na década de 70, no Brasil, a letalidade era de 5% do infectados. A partir dos anos 90, a estratégia de vacinação ganhou reforço com a adoção em todo o País da vacina tríplice viral para crianças de um ano. 

 

O último caso autóctone de sarampo, relacionado a transmissão sustentada dentro do País, foi confirmado em 2000, no estado do Mato Grosso do Sul. Entre 2001 e 2009, houve confirmação de 67 casos de sarampo, todos relacionados a casos importados de outros países. Este ano, o Ministério da Saúde também enquadrou os recentes eventos de casos de sarampo no País relacionados a casos importados.

  

“Hoje, o aumento da sensibilidade e agilidade da vigilância epidemiológica, assim como o avanço tecnológico no diagnóstico laboratorial permitem detectar rapidamente esses eventos e identificar as características do vírus encontrado em cada amostra, indicando assim sua procedência”, disse o diretor de Vigilância Epidemiológica do Ministério da Saúde, Eduardo Hage. 

 

Entre 1998 e 2009, o número de casos confirmados de sarampo nas Américas diminuiu em 99%, passando de 135,9 mil para 11 casos, em 2009. Em 2010, outros países das Américas, como Estados Unidos, Canadá e Argentina, também apresentaram eventos relacionados a casos importados de países fora da região. 

 

Hage destaca, ainda, que para a eliminação do sarampo ser mantida no Brasil e nas Américas, é fundamental que seja assumido um compromisso da erradicação global da doença ainda nesta década. “Em especial devemos aproveitar esta oportunidade, utilizando as mesmas estratégias para também eliminar a rubéola e a Sindrome da Rubéola Congênita". 


 

Fonte:
Ministério da Saúde

 



27/09/2010 19:08


Artigos Relacionados


Curitiba recebe última etapa do seminário Brasil em Desenvolvimento

Inpe cumpre etapa para lançamento de satélite

Saúde: Última dia para tomar vacina contra sarampo

Saúde: Última chance para tomar vacina contra sarampo antes do Carnaval

Fim de coligações em eleições proporcionais cumpre primeira etapa de tramitação

Começa no Paraná última etapa de preparação das urnas para eleições