Brasil e Alemanha discutem cooperação na área de política energética



Brasil e Alemanha discutem a cooperação em política energética, com apresentação sobre desenvolvimentos recentes na regulamentação e promoção das fontes renováveis de energia nos dois países. O debate terá início nesta quinta-feira (8) na II Reunião do Acordo Brasil-Alemanha sobre Cooperação no Setor de Energia com Foco em Energias Renováveis e Eficiência Energética, em Berlim. 

Durante a reunião, os países também vão discutir as possíveis áreas de atividade do novo Grupo de Trabalho sobre Eficiência Energética. Além disso, vão analisar a troca de informações em fóruns multilaterais - Global Bioenergy Partnership e International Organization for Standardization. O Brasil vai apresentar ainda as perspectivas para tratamento do tema energia na Conferência Rio+20.

O diretor substituto do Departamento de Cana-de-açúcar e Agroenergia do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Jose Nilton de Souza Vieira, apresentará as políticas públicas para biocombustíveis, em particular a experiência brasileira com o zoneamento agroecológico da cana-de-açúcar. O diretor vai mostrar a estratégia do país para apoiar o desenvolvimento da bioenergia em outros países em desenvolvimento.

Na sexta-feira (9), ocorre o primeiro encontro dos especialistas designados para integrar a força-tarefa que deverá implementar as atividades do Acordo de Cooperação. Durante o evento, serão apresentados também campanhas de promoção dos biocombustíveis. Ainda estão programadas reuniões de coordenação sobre temas de interesse comum, como as ações da Parceria Global de Bioenergia (Global Bioenergy Partnership-GBEP, na sigla em inglês) e o processo de elaboração da norma de sustentabilidade da bioenergia da Organização Internacional para Padronizações (International Organization for Standardization - ISO).

 

Saiba Mais 

O zoneamento agroecológico da cana-de-açúcar para a produção de etanol e açúcar busca fornecer subsídios técnicos para formulação de políticas públicas promovendo a expansão e a produção sustentável da cultura no território brasileiro.

Com o uso de técnicas de processamento digital, os autores realizaram uma avaliação do potencial das terras para a produção da cultura da cana-de-açúcar em regime de sequeiro (sem irrigação plena). O estudo considerou as características físicas, químicas e mineralógicas dos solos, relacionadas com as necessidades da cultura (precipitação, temperatura, ocorrência de geadas e veranicos).

Os principais indicadores considerados na elaboração do zoneamento agroecológico foram a vulnerabilidade das terras, o risco climático, o potencial de produção agrícola sustentável e a legislação ambiental vigente.

As estimativas demonstram que o País não necessita incorporar áreas novas e com cobertura nativa ao processo produtivo, podendo expandir ainda a área de cultivo com cana-de-açúcar sem afetar diretamente as terras utilizadas para a produção de alimentos.

 

Fonte:
Ministério da Agricultura



07/12/2011 12:45


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