Brasil e Argentina desenvolvem satélite para monitorar oceanos



Uma parceria entre a Agência Espacial Brasileira (AEB) e a Comisión Nacional de Actividades Espaciales (Conae) vai desenvolver o satélite Sabia-Mar, voltado para observação global dos oceanos e ao monitoramento do Atlântico nas proximidades do Brasil e da Argentina. A decisão conjunta foi aprovada na última reunião do Conselho Superior da AEB. O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) vai atuar como órgão executor do projeto.

Com a novidade será possível observar a cor dos oceanos, monitorar a exploração de petróleo, gerenciar as zonas costeiras, contribuir com a atividade pesqueira, entre outros.  Para Carlos Ganem, presidente da AEB, trata-se de uma iniciativa conjunta entre dois países e suas agências espaciais que reafirmam um modelo de cooperação entre países da América do Sul.“O modelo Brasil-Argentina é um exemplo de desenvolvimento tecnológico espacial para países entrantes”, diz.

O projeto está de acordo com os objetivos estabelecidos pela comunidade científica internacional, especialmente os fixados pelo Comitê de Satélites de Observação da Terra (Ceos, na sigla em inglês) para a constelação de satélites de observação da cor dos oceanos.

O financiamento inicial do projeto pela parte brasileira será de US$ 2,5 milhões, com duração de noves meses. O valor foi anunciado durante o encontro dos vice-chanceleres dos dois países e os gestores de projetos, no âmbito do Mecanismo de Integração e Coordenação Brasil-Argentina (MICBA), no dia 29 de abril. Para os representantes dos dois países, existem boas possibilidades de conseguir financiamento para a missão completa.

Os estudos para desenvolvimento do Sabia-Mar deverão buscar a otimização da carga útil, através da câmera do imageamento, para complementar as missões ópticas existentes e previstas nos dois países (satélites Amazônia-1, Cbers-3 e 4, SAC D/Aquarius).

Considerando as capacidades industriais e tecnológicas de ambos os países, serão propostas alternativas de implementação e de divisão de tarefas que incluam tanto a carga útil quanto a plataforma. Os estudos que compõem a primeira da missão levarão em conta também a opção de desenvolvimento conjunto de uma nova plataforma que contemple as necessidades do satélite Sabia-Mar e de missões futuras entre ambos os países.

 Fonte:
Agência Espacial Brasileira (AEB)

 





03/08/2010 04:32


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