Brasil e Argentina querem reduzir problemas no comércio no setor de autopeças



O setor de autopeças é a principal preocupação do Brasil e da Argentina nas reuniões do Comitê de Monitoramento sobre Comércio Bilateral, que começaram nesta quarta-feira (11) e continuam nesta quinta-feira (12), no Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, em Brasília(DF).


Nos encontros, os dois países querem corrigir distorções como o chamado desvio de comércio — quando produtos comercializados entre os países são desmontados e remontados em outros mercados — ou o recebimento de certificado de origem falsa.


Segundo o secretário de Comércio Exterior do ministério, Welber Barral, um aspecto positivo nas negociações entre o Brasil e a Argentina é o aumento do uso de moeda local, “que está sendo importante, principalmente para as pequenas empresas do comércio bilateral”.


Comparando com a agenda do ano passado, afirmou o secretário, a pauta de discussões atual tem poucos temas controversos, “o que nos deu mais tempo para trabalhar as ações de integração produtiva e o aumento da integração econômica entre os dois países”.


Como exemplo, Barral citou o interesse do governo argentino na revisão do protocolo de compras governamentais para poder ampliar esse intercâmbio.O assunto foi discutido na reunião do Comitê Automotivo Brasil-Argentina, que também se estende nesta quinta-feira (12). 


Apesar do problema com o setor de autopeças, o comércio bilateral vem aumentando e pode bater o recorde em 2010. Nos primeiros sete meses deste ano, a corrente de comércio (soma das exportações e importações) entre o Brasil e a Argentina totalizou US$ 17,4 bilhões e superou os US$ 12 bilhões registrados de janeiro a julho de 2009, com aumento de 45,5%. Assim, o intercâmbio comercial pode ultrapassar, até o final do ano, os US$ 30,8 bilhões registrados em 2008, atual recorde no comércio bilateral.


Fonte:
Agência Brasil

 

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12/08/2010 19:13


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