Brasil é destaque no combate a mudanças climáticas



A 19ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP 19), que começou nessa segunda-feira (11) e segue até 22 de novembro, em Varsóvia, na Polônia, reúne os países em um esforço conjunto para estabilizar as concentrações de gases de efeito de estufa em níveis que não impliquem alterações perigosas para o planeta.

Ambição, justiça e transparência. No plenário da conferência desta quarta-feira (20), a ministra do Meio Ambiente do Brasil, Izabella Teixeira, destacou a urgência do envolvimento da comunidade internacional em ações para frear o aquecimento global. “A ambição é o único elemento realmente capaz de produzir o regime aprimorado de que o mundo tanto precisa”, declarou. 

Os resultados brasileiros no corte de emissões de gases de efeito estufa e a liderança do País nas políticas de combate às mudanças climáticas foram ressaltados. A ministra afirmou que, apesar de voluntária, a redução nacional de liberação de carbono na atmosfera já ultrapassou os índices alcançados, até agora, por todas as nações desenvolvidas do Anexo 1 do Protocolo de Kyoto, acordo global que estabelece metas obrigatórias de diminuição das emissões. 

Izabella defendeu, ainda, que as nações contabilizem a própria contribuição histórica para o aquecimento global e enfatizou a importância da responsabilidade compartilhada no processo. “Transparência é um elemento indispensável em nossa luta”, afirmou. “Políticas e estratégias para combater a mudança do clima devem ser feitas com base em justiça e participação.”?

Tecnologia exportada

Por meio do Inpe, a experiência do Brasil no monitoramento da Amazônia com imagens de satélite vem sendo compartilhada com países em desenvolvimento. A política brasileira de código aberto de tecnologias de geoinformática e gerenciamento de grandes bancos de dados tem permitido que outros países adaptem as ferramentas para atender suas condições específicas.

Um dos exemplos é o TerraCongo, que já está em operação na República Democrática do Congo e foi criado a partir do TerraAmazon, tecnologia desenvolvida pelo Inpe para seus sistemas Prodes e Deter, usados no monitoramento da Amazônia.

O projeto apresentado na COP-19 ampliará a capacitação técnica dos países da África Central no uso de imagens de satélites para monitoramento de suas florestas. A ideia é que as nações tenham autonomia no monitoramento de seus recursos naturais e gerem suas próprias informações para o desenvolvimento de políticas públicas voltadas para a redução de emissões por desmatamento e degradação.

Além da transferência da tecnologia de monitoramento, o projeto contempla a instalação de uma estação de recepção de dados de satélite e a atualização de outra já existente na África Central, no Gabão. Isto permitirá com que todos os países da região tenham acesso aos dados de satélite e possam, portanto, dar continuidade ao seu monitoramento após a capacitação técnica. A instalação de antenas de recepção é parte de um audacioso programa, o Cbers for Africa, que prevê o livre acesso aos dados do satélite sino-brasileiro Cbers a todos os países do continente africano.

Leia a íntegra do discurso da ministra Izabella Teixeira: português / inglês.

Fonte:
Portal Brasil com informações do Ministério do Meio Ambiente



21/11/2013 17:49


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