Brasil e Paraguai devem crescer juntos, dizem Sarney e Lugo



O Brasil e o Paraguai devem procurar crescer juntos, disseram nesta quinta-feira (7) os presidentes do Senado, José Sarney, e do Paraguai, Fernando Lugo, durante encontro realizado no Salão Nobre. Além disso, como ressaltaram, os dois países precisam fortalecer o processo de integração regional, com ênfase não apenas na economia e no comércio, mas também nas áreas política, cultural e, como lembrou o presidente paraguaio, até mesmo esportiva.

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Sarney pediu a Lugo, que realiza sua primeira visita oficial ao Brasil, que o considerasse "grande amigo do Paraguai", disposto a colaborar para resolver todas as divergências que vierem a existir entre os dois países. A disposição ao diálogo, a seu ver, deve ser entendida como um "dever do Brasil", por suas dimensões continentais.

- O mundo do futuro não será de países grandes ou pequenos, mas de países que dominem tecnologias e tenham bons níveis educacionais, de distribuição de renda e de justiça social. Temos que lutar para crescer juntos. Esse é o sentimento do Brasil em relação ao Paraguai - afirmou Sarney.

Em resposta, o presidente paraguaio disse estar convencido da necessidade de fortalecer o Mercosul em diferentes aspectos do processo de integração. Ele defendeu a busca de uma integração "muito mais sólida, ampla e aberta ao futuro". Após concordar com Sarney a respeito da importância do domínio de tecnologias, ele observou que seu país, atualmente agroexportador, busca dar um passo rumo à industrialização.

- Cremos que os países que já puderam dar esse passo podem estender a mão ao Paraguai. A ninguém lhe convém ter um vizinho pobre, pois às vezes isto pode significar não uma ameaça ou perigo, mas um certo desconforto. A todos convém crescer juntos, esta é a aposta que fazemos na América Latina - disse Lugo.

Estiveram presentes ao encontro o presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE), senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG); o presidente da Representação Brasileira no Parlamento do Mercosul, senador Aloizio Mercadante (PT-SP); e o presidente do Grupo Brasileiro do Parlamento Latino-Americano (Parlatino), senador Renato Casagrande (PSB-ES).

Marcos Magalhães / Agência Senado



07/05/2009

Agência Senado


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