Investimentos no Brasil devem crescer de 5% a 6% neste ano, diz Mantega
O nível dos investimentos no Brasil deverá crescer entre 5% e 6% em 2013, dinamizado pelas concessões na área de infraestrutura como de aeroportos, para exploração de petróleo na área de Libra e de rodovias, afirmou o ministro da Fazenda, Guido Mantega, nesta terça-feira (26), após participar de reunião na sede da Confederação Nacional da Indústria (CNI) em Brasília.
"É muito importante a viabilização destas concessões. Temos demanda importante. O Brasil tem projetos atraentes para apresentar para os investidores. Eles estão vindo e continuarão vindo para viabilizar este projeto de concessões”, disse Mantega
O ministro ressaltou que o governo está trabalhando arduamente para ter um bom resultado fiscal este ano. “Tivemos os gastos com a seca que exigiram R$ 5 bilhões. Outros R$ 10 bilhões foram gastos na Conta de Desenvolvimento Energético (CDE). Estes R$ 15 bilhões de gasto excepcional espero que não sejam necessários no ano que vem, com um melhor regime de chuvas", disse o ministro.
Ele enfatizou que o governo central se compromete a fazer R$ 73 bilhões de superávit primário, destacando os estudos que estão sendo conduzidos para revisar despesas como seguro-desemprego e abono salarial. “Deveremos ter resultado fiscal bastante razoável, dentro dos limites estabelecidos na proposta da LDO. Esse é o nosso compromisso e estamos perseguindo esta meta", ressaltou.
Durante conversa reservada com os empresários integrantes da CNI, relatou Mantega, foram discutidas as condições da economia brasileira em 2013 e as perspectivas para 2014. "A indústria terá um crescimento razoável este ano, melhor que o ano passado. Mas ainda deixa a desejar", alertou o ministro.
Manutenção do Programa de Sustentação dos Investimentos
Os empresários pediram ao ministro que o BNDES tenha volume expressivo de recursos no ano que vem, com custos compatíveis aos investimentos necessários à melhoria da infraestrutura e para tornar a indústria mais competitiva. Segundo Mantega, o BNDES vai liberar R$ 190 bilhões este ano e R$ 150 bilhões em 2014, sem deixar de atender aos programas prioritários, principalmente o Programa de Sustentação do Investimento (PSI).
Até o final do ano haverá mais um aporte de R$ 24 bilhões ao agente financeiro, disse o ministro, e serão reduzidas linhas menos prioritárias, especialmente às destinadas aos estados e municípios. "A indústria é prioritária para o governo", garantiu o ministro. Hoje o BNDES tem R$ 120 bilhões de recursos próprios.
Perspectivas
Para 2014, o ministro disse esperar uma situação mais favorável com a arrecadação voltando aos níveis anteriores às desonerações que reduziram as receitas em R$ 50 bilhões a R$ 60 bilhões. “Se colocássemos os R$ 50 bilhões a R$ 60 bilhões no primário, faríamos um primário cheio. Em compensação, não teríamos dado os estímulos necessários ao setor produtivo para recuperar seu crescimento. Agora a arrecadação está se recuperando e em 2014 será mais fácil fazer um resultado primário do que este ano”, afirmou.
Fonte: Portal Brasil com informações do Ministério da Fazenda
26/11/2013 19:04
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