Brasil e Peru devem reforçar cooperação em nano, matemática e Amazônia



A cooperação entre o Brasil e o Peru deverá ser reforçada a partir de quarta (9) e quinta-feira (10), ocasião em que o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp, se encontra, em Lima, com líderes políticos e acadêmicos do país. A agenda também prevê uma audiência com o presidente Ollanta Humala.

Raupp tem reuniões marcadas com a ministra peruana das Relações Exteriores, Eda Franchini, e a presidenta do Consejo Nacional de Ciencia, Tecnología e Innovación Tecnológica (Concytec), María Gisella Orjeda. Neste primeiro dia, o ministro participa de uma mesa redonda organizada pela Academia Nacional de Ciencias do Peru.

Com status de ministério, o Concytec organiza, ainda nesta quinta-feira, reuniões técnicas setoriais a respeito da colaboração bilateral em matemática, nanotecnologia e Amazônia – intercâmbio sobre biodiversidade, pesquisa em mudanças climáticas e bioeconomia.

Parcerias para intensificar a mobilidade universitária entre as duas nações estão na lista de pontos a serem discutidos, a exemplo do programa Ciência sem Fronteiras. Nesse contexto, o presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Jorge Guimarães, participa das negociações.

Matemática

Hoje, a Universidad Nacional de Ingeniería homenageia o ministro com o título doutor honoris causa. A entidade abriga o Instituto de Matemática y Ciencias Afines (Imca), criado em 1997 graças a um programa de colaboração iniciado em 1989 pelo Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (Impa) – organização social supervisionada pelo MCTI e atualmente dirigida pelo peruano César Camacho, que integra a delegação brasileira em Lima.

A colaboração científica com o instituto brasileiro possibilitou ao Imca a formação de recursos humanos, por meio de bolsas no exterior e um programa de pós-graduação. O trabalho se reflete na participação ininterrupta de estudantes secundários peruanos na Olimpíada Internacional de Matemática, desde 1997, coincidentemente. A competição e a série histórica começaram em 1959.

Em termos globais, pesquisadores peruanos têm presença maciça no Brasil. Segundo o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCTI), o país andino lidera, com 755 pessoas, o ranking de cientistas estrangeiros residentes que contribuem em publicações em revistas indexadas, à frente da Colômbia (627), da Argentina (542) e da Alemanha (284).

Fonte:
Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação



09/10/2013 14:39


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