Brasil fica em 73º em ranking de IDH da ONU e se mantém acima da média mundial



O Brasil ocupa a 73ª colocação no ranking do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), divulgado nesta quinta-feira (4) pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud). O índice de 0,699, de acordo com o órgão, situa o País entre as nações de alto desenvolvimento humano e supera ainda a média mundial, de 0,624.

Ao todo, 169 países foram pesquisados pela instituição. O resultado brasileiro se aproxima do IDH registrado para toda a América Latina e o Caribe, de 0,704. O índice varia de 0 a 1 e, quanto mais próximo de 1, maior o nível de desenvolvimento humano.

Em comparação com outros países da América Latina, o país ficou em 11º lugar, e em quinto lugar na América do Sul, atrás do Chile (0,783), da Argentina (0,775), do Uruguai (0,765) e Peru (0,723). 

Entre os países do Bric, o Brasil ficou atrás apenas da Rússia (que ficou em 65º lugar, com 0,719) e à frente da China (89º, com 0,663) e Índia (119º, com 0,519).


Nova metodologia favorece o Brasil

Ao divulgar a pesquisa, o Pnud destacou que a metodologia utilizada na formulação do IDH este ano sofreu alterações e que os números divulgados não podem ser comparados aos anteriores. O órgão, entretanto, recalculou o IDH brasileiro em 2009 com base na nova metodologia e apontou uma evolução de quatro posições no ranking.

Com base em novos cálculos, o índice brasileiro apresentou um ganho de 7,6% desde 1980. O progresso foi mais rápido do que o latino-americano (6,6%) e mais lento do que o global (9,3%). De 2005 para cá, a alta foi de 3,1% e, de 2009 para 2010, de 0,8%.

A lista do IDH em 2010 é liderada pela Noruega (0,938), seguida pela Austrália (0,937), Nova Zelândia (0,907), pelos Estados Unidos (0,902) e pela Irlanda (0,895). As últimas posições são ocupadas por Moçambique (0,284), Burundi (0,282), Níger (0,261), pelo República Democrática do Congo (0,239) e pelo Zimbábue (0,140).

O Brasil ficou acima da Geórgia (0,698), da Venezuela (0,696), da Armênia (0,695) e do Equador (0,695), e abaixo das Ilhas Maurício (0,701), da Macedônia (0,701), do Irã (0,702), da Ucrânia (0,710) e da Bósnia-Herzegovina (0,710).

O IDH engloba três aspectos considerados essenciais pelo Pnud para o desenvolvimento humano: o conhecimento (medido por indicadores de educação), a saúde (medida pela longevidade) e o padrão de vida digno (medido pela renda). O progresso, segundo o órgão, deve ser mensurado não apenas pelo crescimento econômico, mas também por conquistas em saúde e educação.

ExpecNa última década, a expectativa de vida dos brasileiros aumentou 2,7 anos, enquanto a média de escolaridade cresceu 1,7 ano e os anos de escolaridade esperada recuaram em 0,8 ano. A renda nacional bruta do País teve alta de 27% no período.

O Pnud também divulgou um Índice de Pobreza Multidimensional (IPM), que avalia privações nas áreas de saúde, educação e padrão de vida. O Brasil ficou com 0,039, o mesmo índice da Turquia. Segundo o relatório divulgado hoje, o País tem 8,5% dos brasileiros vivendo nesse tipo de pobreza.

Além disso, segundo Pnud, 13,1% dos brasileiros estão em risco de entrar nessa condição. O País registra ainda 20,2% dos habitantes com pelo menos uma grave privação em educação. No caso da saúde, esse índice é de 5,2%, e, do padrão de vida, de 2,8%.


Fonte:
Agência Brasil

 

04/11/2010 16:37


Artigos Relacionados


Turismo no Brasil está acima da média mundial

Número de turistas estrangeiros no Brasil subiu acima da média mundial

Inflação para famílias de baixa renda fica acima da média em janeiro

PIB brasileiro crescerá acima da média mundial, diz ministro Pimentel

Ranking mundial de competitividade coloca Brasil em 58º lugar

Brasil exporta mais que média mundial