Brasil gera 10% dos empregos mundiais necessários para encarar a crise, diz OIT
De acordo com relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT), divulgado nesta segunda-feira (26), será necessário criar 110 milhões de novos postos de trabalho nos próximos cinco anos para enfrentar a atual crise financeira. Ao comentar o documento, o ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, afirmou que o Brasil tem sido o grande protagonista na geração de empregos nos países do G-20, sendo responsável por 10% do total das vagas, “visto que este ano serão gerados mais de 2,5 milhões de empregos formais”. A declaração foi feita durante reunião de Ministros da Área Social do G-20, realizada em Paris, na França.
Na opinião de Lupi, as medidas que o governo vem tomando colocam o País na vanguarda para enfrentar turbulências internacionais e evitar que o mercado interno seja atingido. “Nossa maior preciosidade é o nosso mercado interno, que é enorme e não para de consumir. Precisamos mantê-lo aquecido e, para isso, todas as medidas estão sendo tomadas”, avaliou.
O ministro também reagiu, no encontro, ao discurso dos representantes patronais, que disseram ser fundamental a flexibilização de Leis Trabalhistas em todo mundo para aumentar o lucro das empresas e ajudá-las a sair da crise.
“É engraçado porque quando os lucros estão exorbitantes, ninguém fala em dividir com os trabalhadores. Agora que o mundo está em crise, os representantes do patronato acham que quem tem que pagar a conta é o trabalhador. No Brasil, nenhuma medida que retira benefícios dos trabalhadores será alterada”, disse o ministro.
200 milhões de desempregados
Segundo o estudo da OIT, existem atualmente 200 milhões de desempregados no mundo. Desde a crise financeira internacional de 2008, mais de 20 milhões de empregos foram perdidos.
O relatório diz que, apesar de o índice de desemprego ter caído na maioria dos países do G-20, o declínio foi moderado. Em alguns países, como Brasil, Alemanha e Indonésia, os empregos têm crescido fortemente. Em outros, como Argentina, Austrália e Rússia, a abertura de vagas é muito pequena ou inexistente. Um terceiro grupo, que engloba África do Sul, Espanha, Reino Unido e Estados Unidos, além dos países da União Europeia, convivem com altos índices de desemprego.
A crise tem mudado algumas das estruturas do emprego em vários países. As economias avançadas têm perdido vagas na indústria. Já nos países emergentes, os empregos no setor de manufaturados e de serviços têm apresentado bons índices de crescimento.
A crise econômica tem afetado, principalmente, a abertura de vagas para os mais jovens. O estudo informa que, em todos os países do G-20, o desemprego entre os jovens é duas a três vezes maior que o desemprego dos adultos.
Ainda foi verificada uma tendência de ampliação do prazo de espera por um novo emprego. Um terço ou mais dos desempregados na França, Itália, Alemanha, Espanha, África do Sul e no Japão estava há mais de um ano sem trabalho nos primeiros quatro meses de 2011.
Fonte:
Ministério do Trabalho
Agência Brasil
26/09/2011 20:59
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