Brasil investe R$ 51, 7 milhões no primeiro sistema nacional para pesquisa em biodiversidade



Comprometido com a conservação da biodiversidade, o governo brasileiro decidiu este ano ampliar as estratégias que estimulem a elaboração dos inventários sobre animais e plantas nativas. A intenção é que os levantamentos sobre fauna e flora possam organizar as informações sobre conservação e aplicação de práticas de manejo para aumentar a resiliência dos-ecossistemas e reduzir os impactos decorrentes das mudanças ambientais. Por meio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), o governo aplicará a partir deste ano R$ 51,7 milhões para financiar projetos de pesquisa voltados para o conhecimento e a conservação da biodiversidade brasileira. 

Trata-se do primeiro esforço de financiamento para colocar em prática o recém-criado Sistema Nacional de Pesquisa em Biodiversidade (Sisbiota-Brasil). O novo projeto do governo brasileiro foi inspirado um inspirado no Biota-Fapesp, programa da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo, que há mais de dez anos estuda a composição da biodiversidade paulista e propõe estratégias científicas para conservá-la.

A expansão do projeto para a esfera federal era uma das metas importantes estabelecidas pelo Biota, que previa a replicação de nosso modelo em outros estados, regiões e, finalmente, um programa nacional de pesquisa em caracterização e conservação da biodiversidade.

Lançado em 1999, o programa da Fapesp já apoiou 94 grandes projetos de pesquisa, que resultaram na descrição de aproximadamente 1,8 mil novas espécies vegetais e animais do estado de São Paulo. Também adquiriu e depositou informações sobre 12 mil espécies e digitalizou e disponibilizou online informações sobre 35 grandes coleções da biodiversidade brasileira. 


Versão nacional

Lançado em julho deste ano, o Sisbiota-Brasil  quer fazer pelo país o que o Biota fez por São Paulo. Estima que há no Brasil pelo menos dois milhões de espécies distintas. Destas, apenas 10% são conhecidas. Conforme o edital, a insuficiência de conhecimento científico sobre 90% da biota brasileira contrasta com a perda acelerada de habitats e com outras mudanças ambientais globais. O texto ressalta ainda a ameaça das mudanças climáticas e a necessidade de valorizar os serviços ambientais prestados pela biodiversidade. “Como extensão do conhecimento da biodiversidade, há uma crescente demanda para o desenvolvimento de produtos e a valoração de serviços ambientais” afirma o edital do CNPq


Acesse na íntegra o edital.


Fonte:
Portal Brasil

 

22/10/2010 18:40


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