Brasil monitora regiões de risco de desastres naturais
O objetivo de reduzir o impacto dos desastres naturais nos setores socioambiental e econômico
Nos primeiros dias de 2013, o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) enviou dez alertas de risco ao Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad), responsável por acionar as defesas civis diante da possibilidade de ocorrência de fenômenos extremos relacionados à chuva. Desde dezembro de 2011, quando começou a operar, a instituição vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) emitiu 281 alertas, 253 deles em 2012.
“Essa estrutura tende a cada vez mais melhorar, principalmente pelo amadurecimento da equipe técnica, montada a partir de julho de 2011, para operar 24 horas”, diz o diretor do Cemaden, Agostinho Ogura. “A equipe é multidisciplinar, com diversos especialistas trabalhando junto, uma inovação do Brasil sob o ponto de vista de gestão de monitoramento e alerta.”
Instalada em Cachoeira Paulista (SP), a unidade do MCTI tem como missão desenvolver, testar e implementar um sistema de previsão de ocorrência de desastres naturais em regiões suscetíveis. “O Cemaden tem a obrigação de fazer a caracterização desse cenário de risco iminente e passar em tempo hábil o alerta de uma dada ocorrência para uma determinada localidade onde haja área de risco mapeada, de forma que o município faça o trabalho de evacuação, de evitar que as pessoas fiquem expostas ao perigo”, explica.
Desastres naturais
Os desastres são conceituados como o resultado de eventos adversos que causam grandes impactos na sociedade. A Defesa Civil no Brasil, obedecendo as normativas da Política Nacional de Defesa Civil, classifica os desastres como naturais, humanos e mistos. Basicamente, a diferença nessa conceituação está na participação direta ou não do homem.
Alerta de desastres
O Sistema de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação Natural foi criado em 2011 com o objetivo de reduzir o impacto dos desastres naturais nos setores socioambiental e econômico. O Fundo Climático contribuiu com USD 5 milhões para a iniciativa.
“Sob o ponto de vista do Plano Nacional de Gestão de Riscos e Desastres, o Brasil está atuando em todas as frentes, desde o mapeamento das áreas até a montagem de um sistema de monitoramento e alerta, a melhoria da capacidade nas ações de resposta das defesas civis nacionais, estaduais e, principalmente, municipais, além de todo um programa de execução de obras”, detalha Ogura. “É um trabalho de fôlego, no qual cabe ao Cemaden trazer todo o conhecimento técnico-científico de gestão de risco de desastres para alicerçar e subsidiar o plano nacional da melhor maneira possível.”
Fonte:
Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação
Portal Brasil
08/01/2013 15:08
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