Brasil reduziu miséria em 40% em 21 anos, diz ONU
O Brasil reduziu em 9,2 milhões o número de pessoas que passam fome no País entre 1992 e 2003, uma diminuição de 40%, segundo relatório divulgado nesta terça-feira (1º) pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO). A redução ficou acima da média da América Latina, na qual a queda ficou em 30,6%.
O relatório confirma os dados divulgados nesta terça-feira pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) sobre a Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílios (PNAD), que constatou que o Brasil já superou a Meta do Milênio para a pobreza , estabelecida pela Organização das Nações Unidas (ONU), antes da data limite.
No entanto, a FAO afirma que dificilmente a maioria dos países irá cumprir o desafio adotado por líderes mundiais de diminuir pela metade a fome no mundo até 2015. Por enquanto, apenas o Brasil e mais 37 países atingiram a meta.
Além disso, o estudo constatou uma redução de 54,3% no número de brasileiros subnutridos entre o mesmo período, de 15% da população para 6,9% dos brasileiros neste ano. De acordo com o estudo sobre segurança alimentar no mundo, eram 22,8 milhões de pessoas em situação de miséria no País em 1992, contra 13,6 milhões neste ano.
Segundo o estudo, cerca de 842 milhões de pessoas, ou aproximadamente uma em cada oito no mundo inteiro sofreu de fome crônica no período entre 2011 e 2013 no mundo. O número é menor que os 868 milhões de divulgados no relatório de 2010-2012, de acordo com o estudo “Situação de Insegurança Alimentar no Mundo”, publicado todos os anos pela FAO. A vasta maioria das pessoas famintas vivem em regiões em desenvolvimento, enquanto 15,7 milhões vivem em países desenvolvidos.
Crescimento ajuda a reduzir a fome no mundo
De acordo com a FAO, o crescimento econômico de países em desenvolvimento e o aumento da renda real dessas populações têm contribuído determinantemente para a diminuição da fome e o acesso à comida no mundo. O relatório também constatou aumento na oferta global de alimentos, o que é atribuído ao aumento da produtividade na agricultura e investimentos públicos e privados no setor.
Segundo a FAO, a definição de desnutrição ou fome é “não ter comida suficiente para uma vida ativa e saudável”.
Políticas de transferência de renda são fundamentais
O relatório destaca a importância de políticas públicas voltadas às reduções das desigualdades sociais e programas de transferência de renda como parte importante do combate à fome.
No estudo, a FAO afirma que o crescimento econômico pode não levar a uma melhora da qualidade de vida de todos, especialmente os mais pobres e pessoas que vivem em regiões rurais.
Fonte:
Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura
16/10/2013 16:41
Artigos Relacionados
Bolsa Família reduziu a miséria em 28% nos últimos 10 anos
Brasil reduziu pobreza em mais da metade em 9 anos e continuará crescendo, diz Tombini
Pronatec Brasil Sem Miséria ultrapassa 619 mil matrículas em dois anos
Brasil Carinhoso vai retirar da miséria famílias com filhos de até seis anos
Brasil Sem Miséria é um plano consistente, eficiente e sustentável para os próximos 4 anos, diz ministra
Brasil reduziu desemprego de jovens a níveis abaixo de países desenvolvidos