Brasil vai assumir presidência do Mercosul



A representação brasileira na Comissão Parlamentar Conjunta do Mercosul promoveu, nesta quinta-feira (1), a primeira reunião com coordenadores dos comitês e dos subgrupos do Grupo Mercado Comum, órgão do Executivo brasileiro composto por integrantes de todos os ministérios que estão promovendo as negociações no âmbito do bloco. O objetivo do encontro, segundo o presidente da representação, deputado Dr. Rosinha (PT-PR), é mostrar a disposição do Parlamento de atuar como aliado do governo nas negociações com o bloco, tendo em vista que, no próximo dia 8, o Brasil assumirá a presidência temporária do Mercosul, função que exercerá até dezembro deste ano.

Além disso, destacou Rosinha, a reunião buscou fazer com que todos os negociadores dos subgrupos do Mercosul se conhecessem para facilitar os trabalhos que têm sido realizados de forma segmentada, segundo observou.

Presente ao encontro, o presidente da Câmara dos Deputados, João Paulo Cunha, afirmou que a reunião é importante para criar uma base política comum para que cada técnico, na sua área específica, possa conduzir os trabalhos orientado por uma política geral, criando, desse modo, um ambiente de reflexão conjunta. João Paulo disse que a presidência brasileira do Mercosul, a partir da próxima semana, servirá para corroborar a política adotada pelo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de inserir o Brasil no mundo de forma altiva.

O presidente da Câmara disse acreditar também que o Mercosul é saída política importante para dar -musculatura- aos países integrantes do bloco na discussão sobre a integração do continente e nas demais negociações internacionais. Sob a presidência de Lula, João Paulo afirmou que o Mercosul poderá assumir papel de destaque no mundo de forma mais forte. Para João Paulo, é importante neste momento evitar a formação de Parlamentos específicos, como o Andino ou o do Mercosul, e buscar a consolidação do Parlamento Sul-Americano -para não dispersar esforços-.

O Mercosul foi formalizado pelo tratado de Assunção, firmado em março de 1991, pelos presidentes da Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai. O processo de integração entre Brasil e Argentina iniciou-se nos governos de José Sarney e Raul Alfonsin, em 1985, quando foi assinada a Declaração de Iguaçu.

A representação brasileira na Comissão Parlamentar Conjunta do Mercosul é integrada por nove senadores e nove deputados titulares e pelo mesmo número de parlamentares suplentes. O senador Pedro Simon (PMDB-RS) é o atual vice-presidente do colegiado.



01/07/2004

Agência Senado


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