Brasileiro aprende a ser racista em casa e na escola, diz secretário da Bahia



Segundo o secretário de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos da Bahia, Almiro Sena, o cidadão brasileiro aprende a ser racista em um “discurso privado”, em casa e nas escolas.

Ele participa da audiência pública que debate políticas estratégicas jurídicas de combate à discriminação e de promoção da igualdade racial, promovido pela Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH).

Segundo Sena, é difícil mostrar ao branco a existência do racismo na sociedade brasileira e sua intensidade, pois ele nunca sofreu discriminação pela sua cor.

- Eu não preciso de mais nada para promover a justiça, o estatuto já tem tudo – ressaltou o secretário, para quem o Estatuto da Igualdade Racial é uma grande peça jurídica para combater o racismo no país.

Ele acrescentou, no entanto, que alguns operadores do direito são ignorantes perante os assuntos étnicos raciais no país. Segundo disse, é preciso elaborar estratégias jurídicas para melhorar a aplicabilidade e efetividade do estatuto. Em sua opinião, a norma não está sendo aplicada pelo Executivo e pelo Judiciário.

- A dificuldade da efetividade e aplicabilidade do estatuto está no corpo técnico do Estado, pois foi formado e forjado em outra ótica e não enxerga a importância dessa lei – afirmou Almiro Sena.

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10/05/2012

Agência Senado


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