Brasileiro tinha experiência em conflitos internacionais



O brasileiro Sérgio Vieira de Mello era funcionário de carreira da Organização das Nações Unidas (ONU) desde 1969, quando passou a trabalhar no escritório de Genebra (Suíça). Desde o começo ele esteve ligado ao Alto Comissariado da ONU para os Refugiados. Durante as década de 70 e 80, o trabalho levou-o a atuar em países como Bangladesh, Chipre, Moçambique, Peru e Líbano.

Nos anos 90 Vieira de Mello atuou como coordenador humanitário em Ruanda (África), representante especial na Bósnia (Europa) e finalmente como diretor de operações da ONU no Timor Leste (Ásia), cargo que deu-lhe visibilidade internacional. A experiência obtida em países recém-saídos de conflitos armados levou-o a ser nomeado, em julho do ano passado, chefe do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos.

Homem de confiança do secretário-geral da ONU, Kofi Annan, Vieira de Mello foi indicado pelo Conselho de Segurança, em maio último, como representante especial das Nações Unidas no Iraque. O trabalho deveria durar apenas quatro meses, já que o brasileiro pretendia manter-se à frente do Alto Comissariado para os Direitos Humanos. Entre suas funções estava a de coordenar o processo eleitoral no Iraque. Vieira de Mello era carioca, tinha 55 anos e deixa viúva e dois filhos.



19/08/2003

Agência Senado


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