Brasileiros disputam o Grand Slam de judô em Tóquio



A equipe brasileira de judô está em Tóquio, no Japão, para a disputa do Grand Slam. A competição, uma das mais importantes do calendário internacional, garante 500 pontos no ranking ao campeão, 300 pontos ao vice e 200 pontos ao terceiro colocado de cada categoria. Quando o ranking for atualizado, após a competição, serão definidos os nomes dos atletas que se manterão automaticamente na seleção principal em 2014.

A zona de ranqueamento olímpico engloba os 22 primeiros colocados em cada categoria no masculino e as 14 primeiras no feminino. Os judocas brasileiros que não alcançarem essa colocação após o Grand Slam terão de disputar a Seletiva Rio 2016 – Etapa II, no Rio de Janeiro, entre os dias 13 e 15 de dezembro.

Em Tóquio, o Brasil aposta na força de 24 atletas, que compõem a terceira maior delegação do evento, atrás apenas da Rússia (28 judocas) e dos donos da casa. Os japoneses competirão com 56 atletas, 28 de cada sexo. Essa é a maior delegação brasileira já enviada para uma competição no Japão. A viagem foi paga com recursos federais por meio da Lei de Incentivo ao Esporte. Ao todo, serão 336 atletas na competição, de 46 países.

O Grand Slam contará com a participação de oito dos 14 líderes do ranking mundial. Entre eles está a holandesa Kim Polling (70kg), da mesma categoria das brasileiras Maria Portela (14ª colocada no ranking) e Nádia Merli (16ª). “Todas as japonesas que lutaram o Mundial e estavam em férias estão voltando. Tenho consciência de que é uma das competições mais tradicionais, e sempre tive vontade de estar naquele pódio. Quem sabe não seja o momento? Eu me sinto preparada e com boas expectativas”, aponta Portela.

Outras categorias, no entanto, podem ter os duelos facilitados pela ausência de alguns dos líderes do ranking. No pesado masculino, por exemplo, o francês Teddy Rinner não estará na disputa, abrindo o caminho para que Rafael Silva suba um degrau e assuma a liderança da tabela. Da mesma maneira, Rafaela Silva, campeã mundial e terceira colocada no ranking da categoria peso médio, poderá se aproveitar da ausência da líder francesa Automne Pavia.

Grand Slam do Japão

A competição surgiu a partir da Copa Jigoro Kano, torneio idealizado para homenagear o criador do judô. O evento começou a ser disputado em 1978, apenas por homens. Na terceira edição, em 1986, o brasileiro Sérgio Pessoa entrou para a história ao se tornar o primeiro ocidental a ganhar o campeonato.

“Essa conquista foi um marco para os atletas brasileiros, para mostrar que tínhamos condições e capacidade de ter bons resultados, de buscar medalhas”, recorda o campeão da categoria superligeiro, hoje treinador de equipes de base no Canadá.

A competição feminina começou a ser disputada apenas em 2007 e, a partir de 2009, a Federação Internacional de Judô assumiu a organização do evento. O nome oficial passou a ser Grand Slam de Tóquio. Uma tradição que foi mantida desde os primórdios da competição é que o Japão pode colocar até quatro atletas por categoria, o que aumenta muito o nível técnico do torneio. No Mundial, por exemplo, cada categoria pode ter no máximo dois atletas de um mesmo país, e nos Jogos Olímpicos não há “dobra”.

Seleção Brasileira em Tóquio

Sarah Menezes (48kg)
Nathália Brigida (48kg)
Érika Miranda (52kg)
Eleudis Valentim (52kg)
Rafaela Silva (57kg)
Ketleyn Quadros (57kg)
Mariana Barros (63kg)
Katherine Campos (63kg)
Maria Portela (70kg)
Nádia Merli (70kg)
Maria Suelen Altheman (+78kg)
Rochele Nunes (+78kg)

Felipe Kitadai (60kg)
Eric Takabatake (60kg)
Charles Chibana (66kg)
Luiz Revite (66kg)
Marcelo Contini (73kg)
Alex Pombo (73kg)
Eduardo Santos (90kg)
Eduardo Bettoni Silva (90kg)
Renan Nunes (100kg)
Rafael Buzacarini (100kg)
Rafael Silva (+100kg)
David Moura (+100kg)

Fonte:
Brasil 2016 


28/11/2013 16:55


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