Brasileiros serão mais de 206 milhões em 2030, diz Ipea



A população brasileira deve atingir o pico em 2030, somando 206,8 milhões de pessoas. É o que revela estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), apresentado nesta quarta-feira (13). A partir daí, o número deve diminuir e fechar o ano de 2040 com 204,7 milhões. O estudo do Ipea foi feito com base nos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2009 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (Pnad/IBGE).

De acordo com a análise, a desaceleração do ritmo de crescimento populacional é verificada no País desde a década de 1970 e é explicada pela redução da mortalidade acompanhada pela queda na fecundidade. O movimento pode provocar mudanças na estrutura etária brasileira, que pode diminuir a partir de 2010 e apresentar uma população superenvelhecida, como acontece em países da Europa Ocidental, Rússia, Japão, entre outros.


Fecundidade

Em 2009, a taxa de fecundidade manteve os níveis dos últimos dois anos, com 1,8 filho por mulher. O número registrado é menor do que o patamar de reposição (2,0). De acordo com os técnicos do Ipea, esta década deve ter uma taxa média de crescimento da população de 0,9% ao ano.

A redução na fecundidade foi observada de maneira generalizada, em todas as regiões do País, em todos os grupos sociais, e em variados níveis de escolaridade, embora com ritmo diferenciado. O estudo destaca que as brasileiras com rendimentos mais elevados apresentam taxas de fecundidade “extremamente baixas” (1,0 filho por mulher), inferiores às de países como Itália, Espanha e o Japão.

Entre as adolescentes com idade entre 15 e 19 anos, houve queda no nível de fecundidade, passando de 91 filhos nascidos vivos em cada mil mulheres, em 1992, para 63, em 2009. A redução nessa faixa etária foi observada em todas as regiões do país, sendo que as maiores quedas foram verificadas no Sul e no Nordeste.

O levantamento do Ipea destaca, ainda, que entre as adolescentes que tiveram filho, a maior parte vivia com um companheiro. A proporção de mães cônjuges, no entanto, caiu de 55,8%, em 1992, para 40,3%, em 2009. Já a proporção de mães adolescentes que viviam na casa dos pais ou dos avós aumentou, atingindo 51,5% das mães adolescentes em 2009. Também aumentou o número das mães adolescentes que chefiavam famílias, chegando a 6,2% (53,7 mil) em 2009.


Fonte:
Agência Brasil 



13/10/2010 16:51


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