Cabral alerta para risco de "imobilização nacional" por causa das rodovias
Cabral baseou seu discurso em uma carta que recebeu do advogado e procurador aposentado Raimundo Diniz de Mesquita, de Manaus, o qual reclama que o governo, em vez de prestigiar o sistema ferroviário, insiste no "rodoviarismo", aumentando a dependência nacional de petróleo. Isso sem contar que o governo não tem dinheiro sequer para manter em razoável estado as rodovias do país.
Na carta, conforme o senador, o advogado afirma não ser recente a ameaça de racionamento de energia. Lembra que a primeira grande crise ocorreu em 1924/25, em São Paulo, provocada pela estiagem que reduziu o volume de água do Rio Tietê e afluentes. Depois, o Rio de Janeiro sofreu racionamentos de energia em 1951 e 1954 por causa da seca que reduziu a vazão do Rio Paraíba do Sul. Já em 1959/60, Belo Horizonte enfrentou apagões, Curitiba em 1962, Vitória e Cachoeiro do Itapemirim também em 62.
Cabral informa que a possibilidade de racionamento foi identificada ainda na década de 60 pelo Ministério das Minas e Energia, que na época lançou um plano "pouco ambicioso" para o problema. Portanto, como afirma na carta o advogado Raimundo Diniz de Mesquita, "os chavões crise energética, apagão, poupança de energia, ministros desinformados e presidente surpreso demonstram uma ignorância injustificada", pois nos últimos 45 anos o Brasil enfrentou racionamento e ministérios fizeram advertências sobre o assunto.
13/06/2001
Agência Senado
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