CABRAL COBRA DESENVOLVIMENTO DOS TRANSPORTES NA AMAZÔNIA



"Escoamento de produção por rodovia não é competitivo", afirmou o senador Bernardo Cabral (PFL-AM) cobrando do governo federal e da iniciativa privada parcerias para viabilizar o transporte intermodal na Amazônia como indutor de desenvolvimento sustentado. "Somente através da conjugação inteligente das hidrovias com rodovias e, eventualmente, até das vias aéreas, poderemos desenvolver os transportes na região, o maior entrave para seu crescimento econômico".

Para Cabral, a luta é por um desenvolvimento harmônico e não predatório da região. "Ao lado da manutenção da soberania brasileira sobre o território, é preciso exercer um controle efetivo sobre este solo, com atividades que nos levem a ocupar as terras desabitadas e colocar em prática programas de segurança que nos permitam o controle sobre quem trafega em nosso espaço", destacou.

O senador amazonense citou estudos realizados no âmbito do Tratado de Cooperação Amazônica mostrando que o transporte na região é estratégico para o desenvolvimento dos países-membros (Brasil, Equador, Venezuela, Bolívia, Colômbia, Guiana, Peru e Suriname), em especial através da integração de bacias e construção de acesso ao Pacífico, ao Atlântico e ao Mar do Caribe.

Para obter o escoamento da produção de minerais, em que a Amazônia é riquíssima, bem como de produtos agrícolas como frutas tropicais, esses estudos definem macrorrotas, compostas de hidrovias, de rodovias ou mistas, enfatizou Cabral. "A primeira liga Manaus ao Caribe, outra vai da fronteira do Equador com a Colômbia até à Venezuela, uma terceira vai de Manaus até Vitorino, na Guiana. O governo brasileiro está empenhado na construção da infra-estrutura que permite tornar realidade essas macrorrotas".

Tais empreendimentos exigem, no entanto, parceria entre governo e iniciativa privada, destacou Cabral, citando a hidrovia do Madeira como um exemplo bem sucedido, em que o governo proporcionou as condições de navegabilidade e as empresas interessadas estão bancando a construção de portos e a aquisição de frotas. Uma de suas aplicações imediatas, explicou, será o transporte de soja produzida no Centro-Oeste, a um custo muito inferior ao hoje praticado.

- Essa hidrovia, conjugada com rodovias como as BRs 364 e 163, também fará circular mais produtos da Zona Franca de Manaus para o Sul. Num futuro próximo, essa integração sistemática entre hidrovias e rodovias na Amazônia tornará possível o desenvolvimento do ecoturismo, a exploração de especiarias tropicais, da piscicultura, da celulose e muitos outros negócios - ressaltou o senador.



12/05/1998

Agência Senado


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