Café melhora o desempenho no esporte e traz benefício à saúde



A comunidade médica e de pesquisadores considera, há alguns anos, o café benéfico à saúde humana e eficaz na prevenção de doenças, se consumido em doses moderadas, de 3 a 4 xícaras diárias (500 mg/dia).

Pesquisas realizadas no âmbito do Consórcio Pesquisa Café, coordenado pela Embrapa Café, comprovaram que o café possui, além da cafeína, vitaminas e nutrientes básicos como potássio, zinco, cálcio, ferro, magnésio e diversos outros minerais, além de compostos antioxidantes, entre eles os ácidos clorogênicos. (Para saber mais, acesse a publicação Café & Saúde Humana, do Consórcio Pesquisa Café).

Estudos do Prof. Dr. Darcy Roberto Lima - divulgados no site da Associação Brasileira da Indústria de Café - Abic, entidade parceira do Consórcio - apontam a cafeína como importante agente modulador do rendimento físico em vários tipos de atividades esportivas e potencializador da performance durante os exercícios.

Em atletas que tomam café diariamente durante os treinos, na dose mínima de 4 xícaras, a cafeína atua como estimulante do sistema nervoso e, por retardar a sensação de fadiga, propicia o fortalecimento dos músculos. Ajuda, ainda, na mobilização de substratos de energia para o trabalho muscular. O resultado é mais rendimento físico e queima de gordura como fonte de energia em vez de açúcares encontrados nos carboidratos.

Cafeína no esporte


Nos últimos anos, a cafeína tem sido alvo de inúmeros estudos envolvendo práticas desportivas de resistência, como o ciclismo, o atletismo e a natação. No futebol, por exemplo, considera-se que a cafeína aumenta o desempenho, melhora o tempo de reação, atenção mental e processamento visual.

De acordo com a nutricionista e coordenadora de projetos da Abic, Mônica Pinto, a cafeína, ingerida nas doses recomendadas, aumenta a descarga de endorfinas no cérebro. As endorfinas são substâncias que dão sensação de prazer; portanto, com mais endorfinas, os atletas têm mais estímulo para prosseguir a atividade física.

“Esse estímulo é a chamada autogratificação, cujo nível mais alto é alcançado no cérebro com o consumo do café. Os cérebros, ao receberem essa informação de presença mínima de cafeína por meio do consumo diário de pelo menos 4 xícaras de café, têm mais capacidade de produzir a autogratificação, melhorando, ao longo do tempo, de forma significativa, o desempenho dos atletas. Esse efeito é observado tanto em atletas profissionais como nos de fim de semana, sendo mais comum nos primeiros em função da disciplina que a atividade física impõe”, explica Mônica.

Segundo artigos publicados nas Cartas Médicas Café & Saúde, a autogratificação faz com que o atleta treinado siga adiante ao atingir um ponto máximo de cansaço, que leva todas as pessoas sem treinamento a pararem por fadiga. De acordo com as pesquisas divulgadas, a cafeína também estimula o cérebro aumentando o estado de alerta e o funcionamento do coração. Além disso, poupa a glicose do músculo esquelético (quanto mais glicose no músculo mais se retarda a fadiga) e facilita o aumento da quantidade de cálcio dentro do músculo. O músculo vira um supermúsculo e a pessoa não tem sono ou cansaço.

“Os atletas passam a utilizar a gordura como fonte de energia em vez de açúcares encontrados nos carboidratos, reduz a sensação de fadiga, melhorando o rendimento físico”, destaca a nutricionista da Abic. Estudos recentes demonstram também um aumento da força muscular, já que retarda a fadiga muscular, possibilitando um maior grau de carga e repetições de execução do exercício após a ingestão de cafeína.  

Esses efeitos podem variar de pessoa para pessoa, oscilando de acordo com o peso e a regularidade em que a bebida é consumida. A ação do café no organismo atinge o pico cerca de 15 a 120 minutos após a ingestão e pode causar tolerância. Ou seja, progressivamente, maiores doses de cafeína deverão ser ingeridas para que se possa atingir o mesmo efeito.

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Fontes:
Embrapa Café
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento 



06/02/2014 12:02


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