Câmara setorial do pescado retoma atividades
A idéia é fortalecer o grupo convidando criadores de organismos aquáticos em geral
A Câmara Setorial do Pescado, uma das 27 abrigadas pela Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento, decidiu retomar suas atividades, paralisadas desde 2004. A idéia é fortalecer o grupo, convidando membros dos setores aqüícola – criadores de organismos aquáticos em geral – e de pesca – que difere por ser atividade extrativista – para somarem esforços em busca da solução de problemas em comum e proporem ações conjuntas de desenvolvimento. A primeira deverá ser realizada no início de 2008: um evento que reunirá todos os interessados e tratará dos temas pertinentes a toda a cadeia produtiva.
Uma das maiores dificuldades tanto de criadores quanto de pescadores está nas restrições colocadas por órgãos ambientais. Segundo participantes da Câmara Setorial, muitas poderiam ser repensadas para evitar prejuízos de ordem econômica e mesmo social às duas atividades. Daí a idéia de chamar também para compor o grupo representantes da Secretaria de Meio Ambiente do Estado (e de secretarias municipais que eventualmente tenham interface com aqüícola e pesca), Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca (Seap), do Governo Federal, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), dentre outros.
O grupo, liderado pelo diretor do Instituto de Pesca da Secretaria de Agricultura do Estado (IP), Edison Kubo (até que seja escolhido o presidente da Câmara), tem planos de futuramente realizar um diagnóstico da aqüicultura e pesca paulistas e de pleitear mais linhas de financiamento ao Fundo de Expansão do Agronegócio Paulista da Pasta (Feap), que já oferece uma de psicultura em tanques-rede para quem tem renda bruta anual de até R$ 400 mil, com juro de 3% ao ano (leia mais: http://agronet/LinhasdeFinanciamento.asp). Já houve uma linha para pesca artesanal, que foi cortada em 2000 devido à alta inadimplência que dificultava a realimentação do projeto. A idéia é que ela seja rediscutida de forma que o pescador tenha condição de arcar com seus débitos.
Membros da cadeia produtiva do pescado são unânimes em dizer que São Paulo já foi forte na atividade, mas deixou de investir e de atrair investidores como fizeram outros Estados. Kubo apontou que falta aos setores ligados à pesca, seja continental ou litorânea, se organizarem. “A Secretaria tem obtido sucesso em outras câmaras setoriais justamente pelo comprometimento e organização de seus membros. Elas são um fórum para se discutir e apresentar reivindicações que, se não forem do escopo da Pasta, são encaminhadas para quem pode cuidar do assunto. Mas não tratam só de problemas. Pode-se criar selos de qualidade e premiações também, por exemplo”, afirmou.
Da Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento
(I.P.)
11/29/2007
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