Camata quer condicionar aprovação da CPMF a mais verba para a saúde



"Ou o governo federal devolve uma parte substancial do dinheiro que retirou da saúde ou não votamos a CPMF". A advertência foi feita pelo senador Gerson Camata (PMDB-ES) que pediu aos demais senadores que, quando a proposta de emenda à Constituição que prorroga a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira chegar ao Senado, a sua aprovação seja condicionada a mais dinheiro para a saúde.

O senador salientou que enquanto 40 milhões de brasileiros, os que dispõem de plano de saúde privado, podem ser atendidos em hospitais pelos médicos que escolherem, os demais 140 milhões dependem da saúde pública oferecida pelo governo federal, estados e municípios. Parte dessas pessoas, segundo Camata, está morrendo nos corredores dos hospitais ou dentro de ambulâncias por falta de atendimento.

- Para justificar a criação da CPMF o governo anterior disse que, com o dinheiro arrecadado através da contribuição, dentro de dois anos os brasileiros teriam uma assistência médica no nível da Suécia e da Suíça. Passados quase 15 anos, a saúde pública brasileira ainda é pior do que a da Bolívia - lamentou.

Nos últimos anos no Espírito Santo, segundo Camata, enquanto os municípios e o estado triplicaram os recursos aplicados na saúde pública, o governo federal reduziu a um terço seus investimentos no setor. Ele informou que o menor percentual dos recursos aplicados pela União em saúde é destinado ao Espírito Santo.



18/09/2007

Agência Senado


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