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Campinas ganha centro de referência em medicina de reabilitação

Unidade faz parte da Rede de Reabilitação Lucy Montoro, que prevê mais três centros – um na capital e outros dois no interior

O governador José Serra apresentou nesta quinta-feira, 8, os detalhes do projeto de construção do primeiro Centro de Referência em Medicina de Reabilitação do Estado, em Campinas, no noroeste paulista. A obra faz parte de uma série da chamada Rede de Reabilitação Lucy Montoro, criada na gestão Serra, cuja meta é construir mais dois centros pelo interior, além de um hospital de reabilitação na Vila Mariana, zona Sul da Capital, orçado em R$ 22 milhões.

“Este centro é o resultado da criação da secretaria especial dos Direitos da Pessoa com Deficiência. Trata-se de um setor que está atrasado em São Paulo e vamos dar um grande impulso nessa área”, afirmou o governador José Serra, após lançar a pedra fundamental da obra. “Temos o dever de facilitar a integração das pessoas com deficiência na sociedade”.

Somente em Campinas, o governo estadual vai aplicar R$ 7 milhões. A unidade será construída em uma área de 3.750 metros quadrados ao lado da ala de radioterapia do Centro Infantil Boldrini. O novo centro deverá ser entregue em 14 meses. Os pacientes serão atendidos por equipes multidisciplinares formadas por 80 profissionais como psicólogos, assistentes sociais, fisioterapeutas, fonoaudiólogos e especialistas em hidroterapia. Para isso, o projeto contempla a construção de uma piscina adaptada.

O projeto prevê também um espaço para o condicionamento físico e atendimento em grupo, quadra poliesportiva, salas de RPG e terapia ocupacional. A previsão é que 500 pacientes sejam atendidos diariamente – média de 10 mil atendimentos por mês.

Recursos

“O dinheiro já foi repassado para o Centro Boldrini que vai gerenciar a obra. Temos inclusive a autorização da prefeitura para início dos trabalhos”, frisou a secretária estadual dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Linamara Rizzo Battistela. “A nossa política está voltada para a conscientização e valorização do potencial da pessoa com deficiência física, vista sob a ótica da capacidade e não mais da deficiência. Esse centro vem reforçar essas perspectivas”, completou Linamara.

De acordo com o secretário estadual da Saúde, Luiz Roberto Barradas Barata, o custo de manutenção do centro de reabilitação de Campinas deve ficar em torno de R$ 700 mil, recursos que sairão do orçamento estadual junto e do SUS (Sistema Único de Saúde).

O investimento do governo estadual no Centro de Reabilitação de Campinas beneficiará uma população superior a 2,5 milhões de pessoas. Com isso, se coloca fim no deslocamento dos pacientes. “Hoje os moradores dessa região viajam até Sorocaba ou mesmo buscam auxilio na capital”, afirmou a secretária. Outra vantagem apontada por Linamara é a possibilidade do intercâmbio entre a Unicamp (Universidade  Estadual de Campinas) e o Centro. “Certamente vamos fomentar a pesquisa com essa unidade”, observou.

Rede

Linamara explicou que a escolha dos dois outros municípios do interior que terão um Centro de Referência ainda está em andamento. “As cidades serão definidas num momento oportuno e com base na localização. O critério é técnico e não político”, adiantou.  No caso do centro de reabilitação da capital, o processo de licitação já foi iniciado. A unidade da zona Sul será um hospital de referência.

A secretária informou ainda que ao menos 15 núcleos de pequena complexidade serão criados em todo o Estado. “Após uma alta de um Centro de Referência, o paciente terminará o tratamento nessas pequenas unidades”, explicou. Linamara informou ainda que os 40 AMES (Ambulatório Médicos de Especialidades) que estão sendo criados pelo governo do estado também contarão com profissionais treinados para atender pacientes em reabilitação. “Desta forma, teremos todo o Estado atendido”, concluiu Linamara.

Cleber Mata

(I.P.)

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