Instituto do Câncer ganha centro de reabilitação



Centro integra projeto de humanização de atendimento

 Instituto do Câncer do Estado de São Paulo “Octavio Frias de Oliveira”, ligado à Secretaria de Estado da Saúde e à Faculdade de Medicina da USP, ganhou um moderno centro de reabilitação para auxiliar pacientes com limitações físicas permanentes causadas pela perda de membros e controlar a dor provocada pelos sintomas ou pelo tratamento da doença.

Localizado no próprio hospital, o centro faz parte do projeto de humanização do atendimento e permitirá ao paciente realizar todas as etapas do tratamento de câncer na própria instituição, sem precisar se locomover a outras unidades de saúde. O novo serviço é voltado exclusivamente aos pacientes em tratamento no Instituto.

Em uma área de 221 metros quadrados, com equipamentos modernos e paredes coloridas, irão trabalhar inicialmente dois fisioterapeutas, uma terapeuta ocupacional, uma psicóloga, uma fonoaudióloga e dois médicos fisiatras. A idéia é ampliar a oferta de profissionais na medida em que outros pacientes iniciem o tratamento na unidade.

Um dos diferenciais serão as sessões de acupuntura, ministradas pelos médicos fisiatras, para ajudar no controle da dor. Para os trabalhos de terapia ocupacional, haverá uma área de simulação das atividades do dia-a-dia para readaptação de funções perdidas com a doença ou o tratamento. A fonoaudióloga cuidará  dos distúrbios de deglutição e de linguagem, alimentação e escrita, entre outros.

A reabilitação não servirá apenas a pacientes que sofreram mutilações. Muitos apresentam queixas de dores musculares provocadas pela falta de movimentação e fraquezas da doença, por algum tratamento que se tenha realizado,  efeito adverso da fisioterapia, seqüela ou necessidade pós-operatória.  Também existem as seqüelas especificas como na mastectomia – retirara da mama ou de parte dela –, que pode comprometer os movimentos da articulação do ombro.

Outros destaques são a qualidade e a diversidade dos tratamentos oferecidos pelo setor. “Teremos aqui uma enfermeira de reabilitação com um trabalho específico para pessoas que não têm controle da urina e fezes. Esse tipo de tratamento tem um grande impacto no bem estar  do paciente”, explica a fisiatra Christina Brito, coordenadora do serviço.

O Instituto estuda, ainda, a criação de duas salas para atendimento de pacientes internados. Esse espaço ajudará as pessoas que necessitam de cuidados e exercícios impossíveis de serem realizados no leito.

Inaugurado em maio deste ano, o Instituto do Câncer do Estado de São Paulo “Octavio Frias de Oliveira” é o primeiro hospital público especializado em oncologia de São Paulo. Quando estiver funcionando com capacidade plena, o novo hospital realizará, mensalmente, cerca de 1,5 mil internações, 33 mil consultas ambulatoriais, 1,3 mil cirurgias, 6 mil sessões de quimioterapia e 420 de radioterapia.

Da Secretaria da Saúde



09/22/2008


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