CÂNDIDO QUER RAPIDEZ NA REGULAMENTAÇÃO DO TRABALHO DOMÉSTICO
- O Brasil não pode continuar ignorando os direitos desta categoria profissional, porque fere os direitos de cidadania e contradiz todos os princípios de igualdade, fraternidade e justiça social que constam da nossa Constituição - afirmou Geraldo Cândido.
Dados da Previdência Social indicam a existência de 500 mil trabalhadores domésticos, mas, de acordo com os sindicatos, a categoria é composta de cerca de 3 milhões de pessoas, assinalou o senador, representando a segunda atividade profissional exercida por mulheres no país (a primeira são as trabalhadoras rurais). Cândido lamentou que a regulamentação, por meio de lei ordinária, venha "se arrastando há vários anos no Congresso Nacional".
O objetivo do projeto de regulamentação é equiparar os empregados domésticos aos demais trabalhadores, permitindo-lhes usufruir dos benefícios da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), sem qualquer diferenciação. "Enquanto a regulamentação não vem, este segmento profissional continua sendo regido por uma legislação obsoleta e discriminatória (lei 5859/72), que relega o trabalhador doméstico a situação de inferioridade em relação aos outros trabalhadores brasileiros, o que é intolerável", observou o senador.
Na opinião de Geraldo Cândido, a medida provisória baixada pelo presidente da República para "facultar o acesso ao FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) e ao seguro-desemprego" por parte dos empregados domésticos, publicada no último dia 13 de dezembro, "reafirma o preconceito e a discriminação com a categoria dos trabalhadores domésticos e com os trabalhadores em geral, uma vez que estão divididos em trabalhadores de primeira categoria e de segunda categoria (as domésticas), com direitos sociais diferenciados".
03/02/2000
Agência Senado
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