Caravana da Embrapa divulga manejo integrado de pragas



Agricultores devem voltar a fazer o manejo integrado de pragas (MIP) para combater a lagarta Helicoverpa armigera e outras pragas. Esta foi a principal mensagem passada pelos pesquisadores da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária e de instituições parceiras durante a passagem da Caravana Embrapa de Alerta às Ameaças Fitossanitárias por Mato Grosso.

Na última semana, a Caravana promoveu palestras e debates nas regiões Médio-Norte, Oeste e Sul do estado em eventos que contaram com a participação de cerca de 250 consultores técnicos e também de alguns produtores. O roteiro teve início na terça-feira, em Lucas do Rio Verde, passou por Sapezal na quarta-feira e foi finalizado em Campo Verde, na última quinta-feira (16).

Em todos os municípios, a equipe da Caravana fez um contexto histórico da chegada da Helicoverpa armigera no Brasil, da identificação da espécie, o que ocorreu há menos de um ano, e das pesquisas científicas que já estão sendo realizadas.

Na sequência, foi apresentada a principal forma de controle desta praga: o manejo integrado. Por meio de um apanhado geral desta prática, mostrou-se que estratégias como o controle químico, biológico e cultural devem ser utilizadas de maneira integrada, como forma de se obter um controle mais equilibrado e sustentável.

“Precisamos empregar as técnicas do manejo integrado de pragas. Começando pelo monitoramento, que é o básico. Só decidir controlar, independentemente da estratégia, respeitando o nível de controle das pragas”, orienta o pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Agrossilvipastoril Rafael Major Pitta.

De acordo com o coordenador da Caravana Embrapa, Paulo Roberto Galerani, o MIP já é conhecido pelos produtores desde a década de 1980, quando foi largamente difundido e adotado. Porém, deixou de ser aplicado de maneira correta.

“Com o tempo o conceito de manejo integrado foi ficando um pouco esquecido, porque os produtores fixaram muito em uma tática do manejo apenas, que é a aplicação de produto químico. O tempo mostrou que esta tática sozinha não é sustentável nem tecnicamente, nem ambientalmente e nem mesmo economicamente.Com o aparecimento desta praga, que deu uma mexida naquilo que o agricultor tem desenvolvido para o controle das suas pragas nas lavouras, ele percebeu que só esta prática não é possível”, afirma Galerani.

Além de reforçar os conceitos e estratégias do manejo integrado de pragas, a Caravana levou aos participantes informações sobre a importância do monitoramento também no momento da aplicação dos defensivos. Itens como tamanho de gotas, tipos de bicos, horários de aplicação, regulagem de implementos, entre outras tecnologias de aplicação foram abordados.

Saiba mais

Sobre a Caravana

A Caravana Embrapa de Alerta às Ameaças Fitossanitárias começou a percorrer as principais regiões produtoras de grãos do país em dezembro. O roteiro completo,os materiais informativos sobre o manejo da Helicoverpa armigera e as apresentações feitas pelos pesquisadores podem ser acessados no site Embrapa/Caravana.

A Caravana é uma iniciativa da Embrapa e conta com apoio da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja) e Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB).

Em Mato Grosso, a programação foi coordenada pela Embrapa Agrossilvipastoril e teve apoio da Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado de Mato Grosso (Aprosoja), Instituto Matogrossense do Algodão (IMA), Sistema Famato e Fundação MT.

Fonte:
Embrapa



20/01/2014 12:18


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