CARLOS BEZERRA DIZ QUE FIM DO SEGUNDO TURNO É CASUISMO
O senador Carlos Bezerra (PMDB-MT) afirmou que o fim do segundo turno para governadores e prefeitos nas eleições do ano que vem, conforme proposta aprovada na manhã de hoje (dia 3)na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), é "uma decisão lamentável que representa um retrocesso no processo democrático brasileiro".
Na opinião do senador, a proposta aprovada na CCJ não será aceita pelo plenário do Senado, porque "os que têm espírito público e bom senso se juntarão para manter o segundo turno, um instrumento importante para o aperfeiçoamento democrático".
Carlos Bezerra considera que o segundo turno foi um "dos grandes avanços conseguido na Constituinte de 88". Por isso, ao invés da extinção, defendeuo aperfeiçoamento desse instrumento nas próximas eleições. Conforme entende, a decisão da CCJ"depõe contra o Congresso, o Senado e a classepolítica brasileira" por revelar o propósito de regulamentar as eleições do próximo ano de "forma casuística". "Essa prática é lamentável", afirmou.
EMPAER
O senador Carlos Bezerra lamentou a proposta de extinção da Empresa Mato-Grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural S.A (Empaer-MT) que, segundo ele, há anos vem prestando serviços relevantes ao estado.
O senador lembrou a importância dessa empresa no apoio e assistência técnica ao pequeno produtor rural e aos trabalhadores assentados dentro do processo de reforma agrária. Ele advertiu sobre os prejuízos que resultarão da medida, uma vez "que não basta dar ao homem um pedaço de terra, mas é preciso repassar-lhe tecnologia e dar-lhe assistência permanente".
Em aparte, o senador Pedro Simon (PMDB-RS) condenou a possibilidade de o governo vir a acabar com aEmbrapa, destacando que se trata de uma empresa enxuta e moderna, que produz tecnologia de primeiro mundo para nossa agricultura.
03/09/1997
Agência Senado
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