CAS pode votar Lei Geral das Religiões nesta quarta-feira



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A Comissão de Assuntos Sociais (CAS) pode votar nesta quarta-feira (12) o projeto da Lei Geral das Religiões (PLC 160/2009). A proposta, do deputado George Hilton (PRB-MG), foi apresentada depois que o governo brasileiro assinou, em 2008, um acordo com o Vaticano, criando o Estatuto Jurídico da Igreja Católica.

O texto estabelece normas sobre ensino religioso, casamento, imunidade tributária para as entidades eclesiásticas, prestação de assistência espiritual em presídios e hospitais, garantia do sigilo de ofício dos sacerdotes, entre outros temas. Também reforça o vínculo não-empregatício entre religiosos e instituições católicas, ratificando regras já existentes. O projeto garante, da mesma forma que foi feito com a Igreja Católica, direitos às demais religiões constituídas no país.

No último dia 23 de maio, a comissão promoveu audiência pública para debater o assunto. No debate, a proposta foi criticada por representantes de diversas entidades religiosas e do governo, que pediram a sua rejeição, por diferentes motivos.

No entanto, o relator da matéria na comissão, senador Eduardo Suplicy (PT-SP), deu parecer favorável à aprovação, com alterações para assegurar direitos constitucionais também às religiões não cristãs, independentemente de sua forma jurídica.

Suplicy também sugeriu a supressão de trecho que caracterizava o ensino religioso como "parte integrante da formação básica do cidadão". A redação apresentada pelo senador repete o disposto na Constituição (art. 210, § 1º): "O ensino religioso, de matrícula facultativa, constitui disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino fundamental".

O ensino religioso, de matrícula facultativa,
constitui disciplina dos horários normais das escolas públicas
de ensino fundamental,

Se aprovado na CAS, o projeto segue para a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) e, posteriormente, para a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ).

Em abril, o senador Eduardo Lopes (PRB-RJ) tentou levar a votação um requerimento de urgência, para que a matéria fosse examinada diretamente no Plenário. Após debate, no entanto, ficou decidido que as comissões teriam mais um mês para analisar o projeto.

A reunião da comissão terá início às 9h, no plenário 9 da ala Alexandre Costa.



11/06/2013

Agência Senado


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