Casagrande defende ações imediatas de combate ao tráfico



Um Estado forte que passe segurança e atue na prevenção ao crime, começando pela repressão ao tráfico de drogas, o afastamento dos maus policiais, a melhoria do equipamento e o treinamento adequado para os que atuam no enfrentamento à criminalidade. Essa é a receita imediata do senador Renato Casagrande (PSB-ES) para minimizar a situação de violência que atinge o Rio de Janeiro.

Outra frente de ação, assinalou o senador, seria na área social, com atenção aos jovens das comunidades dominadas pelo tráfico.

- Os jovens dessas comunidades se sentem discriminados pelo asfalto e passam a enxergar no traficante o ídolo, o anti-herói, a oportunidade de ascensão social que ele não vislumbra, por uma série de razões, como discriminação social e racial e por razões geográficas, como o estigma que carregam por morar em favelas - afirmou Renato Casagrande.

O senador pelo Espírito Santo também destacou que as autoridades federais, estaduais e municipais devem explicar como é que armamento pesado fabricado em outros países, de guerra, de uso privativo das Forças Armadas, está chegando ao Brasil. Estas armas passam pelas fronteiras, transitam pelas ruas das grandes cidades e chegam às mãos do crime organizado, subindo os morros sem nenhuma interferência.

Na avaliação de Renato Casagrande, os números da criminalidade são assustadores e caracterizam estado de guerra. Ele informou que são cerca de mil favelas na cidade do Rio de Janeiro, muitas delas convivendo com traficantes e milícias que rivalizam pelos pontos de distribuição de drogas e de outros serviços. Vez por outra há trocas de tiros em plena luz do dia.

Em aparte, o senador Gerson Camata (PMDB-ES) disse que, em vez de gastar bilhões de dólares na aquisição de aviões de combate ou submarino nuclear, o governo brasileiro deveria investir na construção de penitenciárias, em serviços de inteligência e em programas sociais nos estados. Os quartéis e as forças armadas, na visão do senador, deveriam ser deslocados para a fronteira seca.

- O Brasil está preocupado com o litoral, mas o problema está na fronteira seca. O país não está sofrendo nenhuma ameaça de invasão. Mas os brasileiros estão sofrendo, ameaçados por tiroteios e assaltos - afirmou Gerson Camata.



21/10/2009

Agência Senado


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