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Para ele, o Brasil está mais atrasado até mesmo que outros países da América Latina em ações de combate à emissão de gases. O relatório preliminar foi apresentado pouco mais de dois meses após instalada a comissão mista, que neste período fez várias audiências públicas com autoridades e especialistas e visitou centros de pesquisas nos estados.

Uma das recomendações iniciais da comissão se destina ao próprio Legislativo: a identificação e votação dos projetos em tramitação que buscam reduzir a emissão de gases. Exatamente 129 projetos foram identificados e a comissão vai agora examinar os seus conteúdos.

Renato Casagrande disse ao Plenário que a comissão já concluiu, depois das audiências públicas, que uma parcela do aquecimento global já não pode mais ser evitada, decorrente de emissões de gases do passado.

Lamentou que os países em desenvolvimento sejam os mais vulneráveis à mudança do clima. No caso brasileiro, os maiores efeitos ocorrerão na Amazônia (com aumento da savanização) e no Nordeste, com uma piora nas condições climáticas do semi-árido.

O senador considerou alvissareira a notícia de que o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, admitiu mudar a posição intransigente que adotou até agora e aceitar uma negociação para fixar metas de emissão de gases que aumentam o efeito estufa.Casagrande espera que a nova posição norte-americana se reflita na reunião da próxima semana, na Alemanha, entre representantes do G8+5 (países ricos mais cinco emergentes, entre eles o Brasil), para tratar do assunto.

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