Casildo defende controle biológico da mosca-da-fruta para salvar a maçã do Brasil
O senador Casildo Maldaner (PMDB-SC) defendeu em Plenário, nesta quinta-feira (19), o projeto de criação do Centro de Controle Biológico (Moscasul) para combater a mosca-da-fruta, praga que ataca os pomares brasileiros, especialmente a maçã.
O projeto já foi apresentado aos ministros da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antônio Raupp, e da Agricultura, Antônio Andrade. A proposta é instalar o projeto em Vacaria, no Rio Grande do Sul, com parceria da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).
Segundo o senador, o combate biológico como forma de manejo sustentável da mosca-da-fruta é uma alternativa viável, que já vem sendo utilizada em outros países. No México, por exemplo, os benefícios financeiros de um programa semelhante são da ordem de 21 para 1, ou seja, um retorno de US$ 21 para cada dólar investido na pesquisa.
Entre as técnicas apropriadas, estão a utilização de inimigos naturais e a técnica do inseto estéril, em que a praga é usada para o seu próprio controle.
- É dessa forma, com planejamento sério, integração entre as forças produtivas e os agentes públicos, e investimento contínuo em pesquisa e inovação, que encontraremos o caminho do crescimento sustentável - disse Casildo.
O parlamentar catarinense lembrou ainda que o combate químico à mosca tem sido a única alternativa dos produtores e, sem isso, os danos podem ser totais. Somados os custos com os defensivos e perdas efetivas, os prejuízos superam os R$ 25 milhões anuais, apenas no segmento de maçãs. A fruta passa a sofrer restrições no mercado externo e também afetando a produção nacional.
A produção de maçãs no Brasil já ultrapassa a marca de 1,3 milhão de toneladas, com exportações que devem chegar a 120 mil toneladas – das quais 84 mil apenas para o mercado europeu. A produção de Santa Catarina representa aproximadamente 60% do total nacional. São cerca de 3.300 produtores de maçã, que geram 58 mil empregos diretos e 116 mil indiretos. A cultura, que utiliza cerca de 150 vezes mais mão de obra do que o cultivo de grãos, também sofre prejuízos com as ameaças climáticas severas, como a queda de granizo.
19/09/2013
Agência Senado
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