CCDH analisa evolução da mulher negra no mercado de trabalho



Cerca de 77% das mulheres negras do Brasil e que trabalham para seu sustento não possuem carteira assinada. Trinta e nove por cento ocupam empregos domésticos e de 3% a 6% são contratadas para cargos administrativos. Além disso, existem estatísticas que comprovam que 30% dos chefes de famílias são mulheres e desse total as mulheres negras são maioria. Esses foram alguns dos dados divulgados pela representante do Movimento Negro Unificado, assistente social e professora da Universidade Estadual do Rio de Janeiro, Magali Almeida, na reunião da Comissão de Cidadania e Direitos Humanos da Assembléia Legislativa, que acontece nesta manhã.

Presidida pelo deputado Roque Grazziotin (PT), a comissão realiza reunião especial abordando a situação da mulher no país, tendo em vista o dia internacional que é comemorado a 8 de março. A professora Magali fez um relato histórico sobre a evolução da mulher negra na sociedade e, especialmente, no mercado de trabalho. Lembrou que, no regime escravista as mulheres negras mostraram resistência não ficando confinadas aos espaços domésticos. Depois de cumprirem suas tarefas como escravas, saiam às ruas para vender quitutes.

A Comissão realiza, neste momento, um debate com os demais convidados para a reunião. São representantes de movimentos negros e de mulheres do Estado.

03/06/2002


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