CCDH discute trabalho para mulher negra



A diferença entre os salários dos brancos e dos negros, no mercado de trabalho brasileiro, chega a níveis assustadores, tornando-se mais grave quando considerada a questão de gênero. Estudos do Instituto de Pesquisa Econômica (IPEA), do final da década de 90, demonstra um rendimento inferior de 60% das mulheres negras em relação aos homens brancos.

Para tratar dessa problemática, marcando com o tema o Dia Internacional dos Direitos da Mulher (8 de março), a Comissão de Cidadania e Direitos Humanos (CCDH) da Assembléia Legislativa do Estado realiza, quarta-feira (6), às 10h, audiência pública sobre “A Mulher Negra no Mercado de Trabalho Brasileiro”, com apresentação de trabalho de pesquisa da professora Magali da Silva Almeida, da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) e membro da executiva nacional do Movimento Negro Unificado (MNU).

Ao escolher esta temática para a audiência pública, o presidente da CCDH, deputado Padre Roque Grazziotin, disse que é preciso dar visibilidade a uma situação de desigualdade social e econômica que precisa ser brecada imediatamente. "Ainda temos muito que trilhar em termos de políticas públicas que reparem a exclusão a que foi imposta a população afro-descendente, agravada no Brasil por conta de uma ideologia racista". Padre Roque também defende a conscientização de cada negro brasileiro para a necessidade de mudança do modelo neoliberal em vigor, que relega ao desemprego e à miséria milhões de seres humanos em todo o mundo.

O QUE: Audiência Pública da CCDH sobre Mercado de Trabalho para a Mulher Negra
QUEM: Professora Magali da Silva Almeida (UERJ)
ONDE: Sala de reuniões da CCDH - 3° andar da Assembléia Legislativa
QUANDO: Quarta-feira, dia 6, às 10 horas.



03/05/2002


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