CCJ aprova 12 indicações para o Conselho Nacional de Justiça



A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) aprovou nesta quarta-feira (13), por unanimidade, parecer favorável à indicação de 12 nomes para integrar, nos próximos dois anos, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Os indicados vão formar a segunda composição do colegiado, instituído por emenda constitucional (EC 45/04) para responder pelo controle externo do Judiciário, com a função de regular e fiscalizar atividades financeiras e administrativas, bem como o cumprimento dos deveres funcionais dos juízes.

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As mensagens foram relatadas pelo senador José Agripino (DEM-RN), com parecer favorável a todas as indicações, que agora seguem para exame final em Plenário. O Senado Federal, por acordo partidário, está reconduzindo seu atual representante no órgão, o jurista e professor Joaquim Falcão. Uma dos novos indicados é o criminalista Tércio Lins e Silva, por designação da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Para a segunda vaga que detém no conselho, a entidade optou pela recondução do advogado Paulo Lôbo, da seccional de Alagoas.

Composto por 15 conselheiros, o CNJ é presidido pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), atualmente a ministra Ellen Gracie, cujo mandato ainda está em curso. Outro integrante, o ministro César Asfor Rocha, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), teve sua indicação aprovada pelo Senado em maio, para desempenhar a função de corregedor do órgão. O mandato de Alexandre de Moraes, indicado pela Câmara dos Deputados, expira esta semana, mas o nome de seu substituto - ou sua recondução ao cargo - ainda não foi designado pela Câmara para ser avaliado pela CCJ e pelo Senado.

O CNJ foi criado a partir de indicações da CPI do Judiciário, que investigou irregularidades na magistratura ainda na década de 90. Órgão receber reclamações contra membros ou órgãos do Judiciário, inclusive contra seus serviços auxiliares e órgãos prestadores de serviços notariais e de registro. No julgamento de processos contra magistrados, o CNJ pode determinar a remoção, a disponibilidade ou a aposentadoria com subsídios ou proventos proporcionais ao tempo de serviço.

São os seguintes os indicados para o CNJ:

Pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST)

Gelson de Azevedo - ministro do TST;

Altino Pedrozo dos Santos - juiz do Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região;

Antônio Umberto de Souza Júnior - juiz da 6ª Vara do Trabalho de Brasília;

Pelo Supremo Tribunal Federal (STF)

Rui Stoco - desembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo;

Andréa Maciel Pachá - juíza de 1º grau do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro;

Pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ)

Mairan Gonçalves Maia Júnior - juiz do Tribunal Regional Federal da 3ª Região;

Jorge Antonio Maurique - juiz da Vara Federal de Execuções Fiscais de Florianópolis (SC);

Pela Procuradoria-Geral da República

José Adonis Callou de Araújo Sá - procurador regional da República;

Felipe Locke Cavalcanti - Promotor de Justiça de São Paulo;

Pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB)

Técio Lins e Silva - advogado (seccional Rio de Janeiro);

Paulo Luiz Netto Lôbo (seccional Alagoas - reconduzido);

Pelo Senado Federal

Joaquim Falcão - jurista e diretor da Faculdade de Direito da Fundação Getúlio Vargas (reconduzido).



13/06/2007

Agência Senado


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