CDR discute bacia Tocantins-Araguaia, a maior dentro do Brasil



A região hidrográfica dos rios Tocantins-Araguaia é a maior do país situada integralmente em território nacional. Suas dimensões equivalem a uma vez e meia a bacia do Rio São Francisco. A área ocupada é de 918.822 km² (11% do país). Dois biomas estão presentes na região: Cerrado, que ocupa 65% da área total, e Floresta Amazônica, que ocupa os restantes 35%.

As unidades de conservação abrangem 82.320 km². Há 53 terras indígenas, em uma área total de 47.032 km², que abrigam 25 etnias. Há ainda 23 comunidades remanescentes de quilombolas oficialmente reconhecidas. A região tem três corredores ecológicos: Araguaia-Bananal, Jalapão-Mangabeiras e Paranã-Pirineus.

População: em 2000, a população da bacia era de pouco mais de sete milhões de habitantes e a taxa de urbanização, de 74%. A estimativa é a de que em 2025 a população será de 10,5 milhões de habitantes e a taxa de urbanização atingirá 91%.

IDH: o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) médio é de 0,725 na região, estando abaixo da média nacional, que é de 0,766. A média de mortalidade infantil na região é de 33,22% e está acima da média brasileira, que é de 30,57%.

Saneamento básico: o índice de cobertura dos serviços de abastecimento de água na região é de 84% e o de serviços de coleta de esgotos, da ordem de 8%. Desse total, apenas 47% da população tem seus esgotos tratados.

Energia: a região é a segunda maior do país em potencial hidroenergético instalado, com 11.563 megawatts (16% do país) e cinco grandes usinas em operação (11.445 MW), todas no Rio Tocantins. A de Serra da Mesa tem o maior volume de reservatório do país e a de Tucuruí (8.365 MW), a maior capacidade de uma usina nacional. O potencial hidrelétrico da região é de 23.825 megawatts.

Irrigação e agricultura: o potencial irrigável da área é de cerca de cinco milhões de hectares e a área irrigada é de 124.237 hectares. Nela, há especialmente culturas do arroz, milho, feijão, soja e cana-de-açúcar. A área cultivada na agricultura de sequeiro, com destaque para soja, milho e arroz, é de cerca de 4,2 milhões de hectares (2005). A pecuária apresenta rebanho de 27,5 milhões de cabeças.

Recursos minerais: a região produz alumínio, amianto, bauxita, calcário, cobre, ferro, níquel e ouro e, nos garimpos, são relevantes as extrações de ouro e diamante. Entre as cinco províncias minerais, destacam-se as de Carajás (PA), que detém os maiores depósitos de ferro do mundo, Paragominas (PA) e Centro-Norte de Goiás.

Extrativismo vegetal: O extrativismo vegetal é a atividade econômica predominante na parte norte da região, com destaque para o carvão vegetal, a produção de lenha e a extração de madeiras, castanha-do-pará, açaí, palmito e pequi.

Fonte: Agência Nacional de Águas (ANA).



28/05/2009

Agência Senado


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