CDR examina projeto que pretende fomentar Arranjos Produtivos Locais



A Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo (CDR) examinará na terça-feira (15), a partir das 10h30, projeto de lei do senador Renan Calheiros (PMDB-AL) que altera a legislação do Fundo do Amparo ao Trabalhador (FAT) para beneficiar os chamados Arranjos Produtivos Locais (APLs).

Pela proposta (PLS 142/08), os programas de desenvolvimento econômico financiados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) com recursos do FAT deverão levar em consideração o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) das localidades, além de estimular os Arranjos Produtivos Locais.

O projeto define APL como aglomerados de agentes econômicos de uma mesma cadeia produtiva, localizados em determinado território, com vínculos expressivos de articulação e cooperação, que tenham por fim primordial a competitividade, com geração de renda e emprego locais.

Em sua justificação, Renan Calheiros argumenta que, diante dos desafios da globalização, faz-se necessário estabelecer novos modelos de desenvolvimento da produção local, que levem em consideração as vocações regionais, "focados nas inter-relações empresariais, na cooperação, nas médias, pequenas e microempresas e no acesso a novos mercados".

O senador por Alagoas lembrou que o próprio BNDES vem apoiando sistematicamente os arranjos produtivos locais, a ponto de ter criado uma área específica para fomentar o crédito ao segmento. Ele disse, ainda, haver experiências positivas no Pará, no ramo de frutas; em Mato Grosso do Sul, na cerâmica: em Minas Gerais, na área de calçados (em Serrana); e, em Alagoas, nos setores de piscicultura, movelaria e turismo, entre outros.

A CDR também examinará projeto de lei complementar do Senado (PLS 29/05), de autoria da senadora Serys Slhessarenko (PT-MT), que atualiza a sistemática de distribuição do Fundo de Participação dos Estados e do Distrito Federal, de acordo com os novos dados populacionais, estabelecendo a necessidade da revisão anual dos valores repassados pela União.

Em sua justificação, a senadora afirma que as cotas das entidades participantes não foram revistas nos últimos 15 anos e, por isso, há um "descasamento" entre os recursos transferidos pela União, de um lado, e o nível de renda e o tamanho da população dos estados e do Distrito Federal, de outro.



11/07/2008

Agência Senado


Artigos Relacionados


Arranjos Produtivos Locais ampliam chances de crescimento

BNDES deve apoiar arranjos produtivos locais

Prorrogadas inscrições para arranjos produtivos locais em cultura

Seminário Internacional discute inovação em arranjos produtivos locais

'Integração' participa de evento sobre Arranjos Produtivos Locais

MDIC lança portal da 5º Conferência Brasileira de Arranjos Produtivos Locais