CE aprova criação de Olimpíada Brasileira do Esporte para alunos da educação básica



A seis anos das Olimpíadas do Rio de Janeiro, que ocorrerá em 2016, o Brasil poderá adotar uma nova política de estímulo à prática do esporte. Trata-se da Olimpíada Brasileira do Esporte (OBE), cuja criação é autorizada pelo Projeto de Lei do Senado (PLS) 503/09, de autoria do senador Aloizio Mercadante (PT-SP), que foi aprovado nesta terça-feira (3), em decisão terminativa, pela Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE).

O projeto, que teve como relator o senador Jefferson Praia (PDT-AM), autoriza o Poder Executivo a promover anualmente, por meio dos Ministérios do Esporte e da Educação, a OBE, destinada aos estudantes de educação básica das escolas privadas e públicas. Entre os objetivos da competição, de acordo com a proposta, estão os de estimular a prática do esporte olímpico, identificar jovens talentos e contribuir para a melhoria do desempenho do país nos Jogos Olímpicos.

Também foi aprovado em decisão terminativa o PLS 197/04, de autoria do senador Sérgio Zambiasi (PTB-RS), que se destina a garantir o "adequado atendimento" das necessidades dos alunos com deficiência nas escolas de educação básica. Por meio do projeto, que teve como relator o senador Flávio Arns (PSDB-PR), se estabelece que a fixação dos valores per capita estabelecida pela Lei 11.947/09, que instituiu o Programa Dinheiro Direto na Escola, contemplará "diferenciadamente" as escolas de educação básica que oferecem educação especial.

A CE aprovou ainda parecer favorável ao PLS 113/08, do senador Paulo Paim (PT-RS), que autoriza o Poder Executivo a criar Centros de Integração Federal em todas as comunidades quilombolas do país. O projeto, que teve como relator o senador Valter Pereira (PMDB-MS), ainda será apreciado pelas Comissões de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) e de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) - esta em decisão terminativa.

Amazônia

A pedido do senador Augusto Botelho (PT-RR), foram incluídos em pauta - e posteriormente aprovados - dois projetos de estímulo ao atendimento à saúde de populações de áreas mais longínquas do país, especialmente na Amazônia. Ambos tiveram o senador como relator.

O Projeto de Lei da Câmara 90/10, primeiro a receber parecer favorável da comissão, estabelece incentivos aos profissionais de saúde que tenham realizado Estágio de Adaptação e Serviços (EAS) nas Forças Armadas. Segundo a proposta, o EAS passa a ser considerado para fins de pontuação em análise curricular de candidatos a vagas em residência médica ou profissional da área de saúde. O projeto será ainda apreciado em Plenário.

O PLC 91/10, por sua vez, disciplina a convocação, após a conclusão de seus cursos de graduação, de médicos, farmacêuticos, dentistas e veterinários que não tenham prestado o serviço militar obrigatório. Segundo o relator, o projeto destina-se a reduzir a margem de questionamento judicial da convocação de profissionais de saúde recém-formados. O projeto será ainda examinado pela Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE), edecisão terminativa.

A comissão decidiu ainda realizar audiência pública, sugerida pelo senador Belini Meurer (PT-SC) sobre a situação das universidades comunitárias. O requerimento contou com o apoio dos senadores Cristovam Buarque (PDT-DF), Flávio Arns (PSDB-PR), Níura Demarchi (DEM-SC) e Fátima Cleide (PT-RO), que presidiu a reunião.



03/08/2010

Agência Senado


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