CE debate perspectivas para Ensino Superior no Brasil
Ao abrir a última mesa do seminário O papel da iniciativa privada no Ensino Superior, destinada a debater as perspectivas para a educação superior no Brasil, o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) apontou vários problemas enfrentados pelas universidades brasileiras. O painel reuniu na tarde desta quarta-feira (11) senadores e representantes de universidades particulares, na Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE) do Senado.
Cristovam pregou a necessidade de um sistema de formação permanente do estudante após o término da graduação. Segundo ele, é preciso acabar com o conceito de "libertar-se da universidade" com a obtenção do diploma, ao mesmo tempo em que a universidade não pode "jogar o aluno na rua" sem oferecer meios para a atualização do conhecimento.
O constante aperfeiçoamento acadêmico também foi defendido pelo presidente da Fundação Nacional de Desenvolvimento do Ensino Superior Particular (Funadesp), Paulo Alcântara Gomes. Na avaliação do professor, o planejamento da educação demanda novos matrizes curriculares para atender às necessidades de profissões recentes criadas a partir dos avanços da ciência. Para ele, essa deve ser uma preocupação interministerial por envolver aplicações no desenvolvimento da ciência, da agricultura e da saúde, entre outras áreas.
O novo comportamento dos jovens estudantes foi lembrado pelo presidente da Associação Brasileira de Mantenedoras do Ensino Superior (ABMES), Gabriel Mario Rodrigues. O especialista classificou como urgente a inovação no ambiente universitário, pois, segundo ele, gradativamente os jovens estão cada vez mais habituados a um espaço de multi-tarefas e não assimilam conhecimento passivamente, tendo um "mundo de informações" fora da sala de aula.
Ao encerrar o evento, o senador Flávio Arns (PSDB-PR) lamentou que o conhecimentotécnico seja geralmente mais valorizado que o professor, como pessoa humana. Para ele, a motivação do docente é um dos principais meios de contribuir para a educação básica no país e deve ser feita com incentivos como salário, ambiente e formação adequados.
Para a vice-presidente da CE, senadora Marisa Serrano (PSDB-MS), "nenhuma ação educacional deve ter o fim em si mesma", devendo parlamentares erepresentantes da educação trabalharem permanentemente para a melhoria da ensino no país.
Já a senadora Rosalba Ciarlini (DEM-RN) registrou a promulgação na manhã desta quarta-feira da emenda que acaba com a Desvinculação das Receitas da União (DRU) do orçamento da Educação. Para ela, o debate promovido pela CE também constituiu um avanço histórico.
11/11/2009
Agência Senado
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