Celso Amorim defende negociações com outros países e diz que Itamaraty quer criar Departamento de Energia



O Itamaraty tem a intenção de criar um Departamento de Energia para tratar de questões relativas a gás, etanol, energias renováveis e fósseis, informou, nesta terça-feira (9), o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, durante audiência pública na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE). Segundo o ministro, o Itamaraty já teve uma divisão de Energia, mas agora está empenhado em criar esse departamento, pois poderá, com isso, ajudar na execução da política energética do país.

Essa política, conforme o ministro contou aos senadores, poderá agora ser ampliada com outros países, sem abandono da integração sul-americana. Ele deu exemplos de países como o Catar, que é grande produtor de gás natural liquefeito. Recentemente, o Brasil aprovou a instalação de uma embaixada em tal país. Celso Amorim disse que o quadro diplomático poderá ajudar muito em eventuais negociações do governo brasileiro com esses países.

O Brasil, observou, tem uma vulnerabilidade na questão energética, que ele chamou de "interdependência", até em função de desastres naturais e não só da política de outros países, como a da Bolívia, que expropriou a exploração das reservas de petróleo e gás natural em seu território.

Celso Amorim disse que, recentemente, o ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau, telefonou para representantes do governo da Argélia e da Nigéria para tratar de questões energéticas.

- Isso é muito bom. Temos que aumentar nossa própria capacidade no Brasil e diversificar nossas fontes distribuidoras - afirmou.

09/05/2006

Agência Senado


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