Cenário internacional desfavorável não vai impedir o crescimento, diz Mantega



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O cenário econômico internacional desfavorável não impediu o crescimento e a geração de empregos, na avaliação do ministro da Fazenda, Guido Mantega, que participou de debate com os senadores nesta terça-feira (13) na Comissão de Assuntos Econômicos.

O ministro admitiu as dificuldades, impostas pela crise internacional iniciada em 2008, o que provocou um baixo crescimento do PIB (2,7%). No entanto, considerou que o “Brasil atravessou 2011 com bons resultados”. O ano foi difícil para todas as economias, afirmou, principalmente em virtude da pressão inflacionária provocada pela alta do preço das commodities.

Provocado pelo senador Alvaro Dias (PSDB-PR), para quem o ministro não vem acertando em suas previsões do PIB, Mantega disse que a crise tem tornado o crescimento imprevisível. Mas depois de pontuar ter acertado as previsões de 2006 a 2008, o ministro arriscou um número para 2012.

- O crescimento deve ficar em torno de 4,5%. E o senador Alvaro Dias pode anotar – devolveu.

Mantega destacou também os números de criação de empregos formais - 1,9 milhão em 2011.

- O Brasil está próximo do pleno emprego – arriscou o ministro, dizendo que Estados Unidos e vários países europeus estão com mais problemas para gerar empregos que o Brasil.

Além disso, continuou, a remuneração média do trabalhador também cresceu.

- Estamos enfrentando uma crise internacional, mas conseguimos aumento dos salários dos trabalhadores e estamos mantendo todos os direitos trabalhistas. Também cumprimos a meta de superávit primário de 2011 e as metas inflacionárias e tivemos um resultado fiscal sólido – declarou.

Ainda de acordo com o ministro da Fazenda, a “inflação está controlada no país, e em patamar menor”, o que facilita o desempenho das políticas monetária e fiscal. Mantega também apostou que o Brasil está caminhando para ter uma taxa básica de juros “em patamares mais normais” em relação à realidade mundial.

Para o senador Alvaro Dias (PSDB-PR), além de errar nas previsões, o governo tem desperdiçado oportunidades que fariam a economia crescer mais. Ele citou como necessidades urgentes as reformas tributária e administrativa e também a revisão do pacto federativo.

Em resposta ao senador Eduardo Suplicy (PT-SP), Mantega afirmou que o Brasil tem condições de crescer mais em 2012 do que no ano anterior. Ele disse que a crise mundial ainda é problema para todos os países e que não há consenso entre as maiores economias mundiais sobre estímulos econômicos e ajustes fiscais que precisam ser feitos, e em qual intensidade, para o enfrentamento da crise.



13/03/2012

Agência Senado


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