Cerca de R$57 milhões são repassados para combater à seca no Nordeste e Minas



Mudas in vitro, kits de irrigação e barragens subterrâneas são algumas ações para a população local

A população do Nordeste e do norte de Minas terão alternativas para reduzir os impactos causados pela seca. O governo federal firmou uma parceria nesta sexta-feira (28) a fim de promover iniciativas para as famílias que moram em lugares mais atingidos com a seca. Ao todo serão R$ 57 milhões investidos em ações de combate à estiagem.

Os recursos serão destinados à implantação de biofábricas de sementes e mudas, à aquisição de kits de irrigação e à construção de pequenas barragens subterrâneas. O projeto está alinhado às políticas públicas da União de combate à seca, a exemplo de iniciativas como o programa Água para Todos e a Operação Carro-Pipa.

A definição dos municípios beneficiados levará em conta a situação de emergência por estiagem ou seca, a avaliação sobre a concentração de famílias a serem atendidas e a viabilidade técnica de implantação das tecnologias em cada comunidade. Também será considerada a existência, de comitês gestores municipais e comissões comunitárias responsáveis por auxiliar a mobilização local das comunidades a fim de promover o cadastramento e validação das famílias a serem beneficiadas. Este mesmo processo já é usado no programa Água para Todos.

Para a criação das ações de combate à seca, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)  e o Ministério da Integração Nacional assinaram contratos de colaboração financeira não reembolsáveis com a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Franscisco e do Parnaíba (Codevasf).

A cerimônia de assinatura aconteceu no Recife, durante o seminário Desenvolvimento Regional: avaliação, desafios e perspectivas para o Nordeste, promovido pelo BNDES como parte das comemorações pelos 60 anos do Banco.

Instalações previstas

A ideia é usar mudas in vitro, que possibilita o desenvolvimento de plantas mais saudáveis e uniformes, mais rapidamente que pelos métodos convencionais. O resultado são matrizes mais produtivas e resistentes a pragas. A tecnologia pode ser empregada na produção de plantas

ornamentais, mas também de batata, banana, abacaxi, eucalipto, pínus, cana-de-açúcar e outras plantas de alto valor econômico. As mudas in vitro são difundidas no setor de agroindústrias nos Estados Unidos e Europa.

Já as chamadas barragens subterrâneas permitem o armazenamento da água da chuva no subsolo, auxiliando a produção de alimentos no período de estiagem. Sua construção consiste na escavação de uma vala até se chegar à camada impermeável do solo. Uma das paredes é coberta com lona plástica ou barro batido (argila compactada). Depois, o solo retirado é recolocado. A função da lona ou do barro batido é reter a água no solo.

Os kits de irrigação, por sua vez, são compostos por mangueiras, tubos de PVC, tubo gotejador, bombas, válvulas e caixas d’água, entre outros componentes. Um reservatório de 1.000 litros é suficiente para irrigar uma área de 500 metros quadrados.

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Fonte:

Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social

 



28/09/2012 18:06


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