César Borges cita pesquisa do IBGE que mostra desigualdade entre brancos e negros



Ao lembrar que nesta quarta-feira (13) celebram-se os 121 anos da abolição da escravatura no Brasil, o senador César Borges (PR-BA) declarou que "esta não é uma data a ser comemorada, mas que causa preocupação, pois permanecem as grandes diferenças econômicas, educacionais e sociais entre brancos e negros do país".

Para comprovar o que disse, o parlamentar citou a Pesquisa Mensal de Emprego divulgada nesta quarta pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com o levantamento, o "rendimento dos trabalhadores pretos ou pardos equivale à metade do que recebem os brancos": em março deste ano, o "rendimento médio habitual" de negros ou pardos foi R$ 847,71, enquanto o dos brancos foi de R$ 1.663,88.

Outra informação mencionada por César Borges foi a de que, embora negros ou pardos representem cerca de 45% da população em idade ativa nas seis regiões metropolitanas investigadas pela pesquisa, esse grupo também representa, por outro lado, em torno de 50% da população desempregada.

O senador assinalou ainda que, segundo o estudo, há uma alta concentração de população negra nas cidades onde, no passado, os respectivos portos funcionaram como receptores de escravos: Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Luís. Ele destacou que "essas populações são a parcela mais pobre do país".

- Essa desigualdade entre brancos e negros leva à desigualdade regional, pois são mais pobres aquelas regiões em que a população negra é mais representativa - argumentou.

César Borges disse que, "como representante da Bahia", declarava-se a favor de todas as propostas de redução de desigualdades e de políticas de ação afirmativa, inclusive votando a favor do projeto que estabelece a política de cotas para ingresso nas universidades e do que institui o Estatuto da Igualdade Racial.



13/05/2009

Agência Senado


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